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Caso Mércia: Mizael está na casa de amigos

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Mizael Bispo de Souza, principal acusado de assassinar a ex-namorada Mércia Nakashima, está escondido na casa de pessoas conhecidas em Guarulhos, na Grande São Paulo. A informação é de um dos advogados dele, Samir Haddad Júnior, que acrescentou que ele não é foragido, mas procurado.

Mizael se entrega, veja aqui

Mércia Nakashima. Foto: Reprodução
Mizael e o vigia Evandro Bezerra Silva, outro que responde pela morte da advogada, são procurados pela Polícia Civil desde a tarde de ontem, quando tiveram a prisão decretada pela Justiça. O juiz ainda determinou que os réus sejam levados a júri popular. Mizael e Evandro negam o crime.

Entenda o caso
Mércia foi vista pela última vez no dia 23 de maio da casa dos avós em Guarulhos. Foi encontrada morta em 11 de junho na represa de Nazaré Paulista. Segundo a perícia, a advogada foi agredida, baleada, teve a mandíbula quebrada e morreu afogada dentro do próprio carro no mesmo dia em que sumiu.

Para o Ministério Público, Mizael matou a ex-namorada movido por ciúme, e o vigilante Evandro Bezerra Silva o ajudou na empreitada criminosa. O promotor alegou que as provas determinantes para o convencer da autoria do crime foram a quebra do sigilo telefônico, os depoimentos contraditórios do ex-policial e o mapeamento feito em seu carro com a ajuda de um rastreador contra roubo.

Mizael tinha um celular, registrado em nome de terceiro, em que conversou 16 vezes com o suposto comparsa no dia estimado do crime. Além disso, a polícia descobriu que, sempre que falava com o vigia, voltava a ligar para a ex-namorada, como se estivesse tramando uma ação contra ela.

Um laudo pericial reforça a suspeita sobre Mizael ao apontar a presença de uma alga, que seria compatível com alga presente na represa, em seu sapato. Além da alga, foram encontrados na sola do sapato resíduos de chumbo compatíveis com a bala que feriu Mércia, uma mancha de sangue e um pedaço de osso.

A versão do réu
Em sua participação na audiência de instrução na segunda quinzena de outubro no Fórum de Guarulhos, Mizael afirmou que não matou a também advogada, que não conhece a cidade de Nazaré Paulista --onde o corpo dela foi encontrado--, e que acredita que as acusações contra ele fazem parte de uma “armadilha” orquestrada por inimigos, cuja identidade ele não soube dizer.

Em um depoimento que durou cerca de duas horas, ele classificou como “gravíssimo” o assassinato de Mércia, disse que foi uma execução com requintes de crueldade e concordou que o autor de tamanha atrocidade deveria ser preso, pois significa uma ameaça para a sociedade.

Ele também negou ter ameaçado qualquer testemunha ou familiar da advogada, como foi denunciado nos dias anteriores pelo irmão de Mércia, e ainda prometeu que irá fazer uma investigação própria, após a definição de sua situação judicial, para encontrar o verdadeiro assassino de sua ex-namorada.

Mizael afirmou ainda que acredita na Justiça, que “amava” a garota enquanto o relacionamento durou e que não teria uma explicação clara sobre o motivo do fim do relacionamento. Segundo ele contou, em um certo dia, Mércia falou que "não queria mais namorar”. Depois disso, ainda de acordo com Mizael, eles se separaram e passaram a se encontrar apenas eventualmente, “sem compromisso”.

Contradições
O policial militar reformado disse desconhecer a origem da alga aquática encontrada pela perícia criminal em um sapato seu aprendido em sua própria casa. Segundo laudo do Instituto de Criminalística, tal resíduo orgânico é similar aos encontrados na represa de Nazaré Paulista.

“Nunca fui a uma represa de sapato”, disse ele, que contou usar apenas tênis nos finais de semana. Mércia foi morta em um domingo.

O advogado também não conseguiu explicar o motivo pelo qual omitiu a existência de um número de telefone celular em que costumava fazer ligações para Evandro. O aparelho, registrado em nome de outra pessoa, fez, segundo a polícia, pelo menos 16 ligações para o suposto comparsa no dia 23 de maio.

Mizael alegou que “não se lembrou” de citar o número em seus interrogatórios à polícia. Ele assumiu, no entanto, que no dia fez pelo menos três ligações para Evandro.

Nas duas horas de interrogatório, era possível ouvir o som de um grupo de pessoas que fazia manifestações em frente ao Fórum de Guarulhos, gritando “assassino” e “prende ele”.

Veja fotos do resgate do corpo da advogada




Fontes: Rádio Globo e BOL

Nota do Blogueiro: As fotos foram encontradas na internet e não estão publicadas em sítios da Globo ou do BOL.
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