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Famílias iniciam a compra de material escolar

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O Governo do Estado começou a liberar os saldos dos cartões do Bolsa Escola, edição 2018, nesta quarta-feira (31), e comerciantes trataram logo de agilizar o recado. Elisamar Moraes, por exemplo, tem um comércio de variedades no São Francisco, em São Luís, e fez questão de contratar um carro de som para anunciar que o benefício já está sendo aceito no estabelecimento.

“Me cadastrei para ser revendedora desde o primeiro ano e tive boas vendas nas duas primeiras edições. Para este ano, contratei um carro de som e coloquei uma placa na porta do comércio, tudo para avisar os beneficiados que já estamos recebendo o Bolsa Escola como pagamento”, conta a comerciante que também separou o “Kit Bolsa Escola” para facilitar a escolha de materiais comprados na loja.

“Já deixo alguns itens separados e o cliente vai escolhendo de acordo com sua necessidade. Com o lucro do ano passado, consegui preparar o estoque para este ano, então tenho opções que vão da mochila até o lápis. Tudo de acordo com o gosto dos clientes”, destaca a comerciante.

Coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes), o programa é uma forma encontrada pelo Governo do Maranhão de complementar a renda da população inscrita no Bolsa Família, do Governo Federal.

Elisamar Moraes tem um comércio de variedades no São Francisco e conta com o beneficio para aumentar as vendas Foto: Handson Chagas

Cada aluno é beneficiado com R$ 51,00 para uso exclusivo na compra de material escolar. Jaciléia Santos Pires tem três filhos cadastrados no programa e recebeu o valor de R$ 153,00 para comprar cadernos, lápis, borrachas, apontadores, réguas, cola branca e de isopor, tabuada, lápis de cor, entre outros.

“É uma ajuda muito boa porque já livra o dinheiro que sairia do salário. Com esse cartão, posso comprar os materiais que eles mesmo escolhem, diferente de como era quando tinha que vir sozinha para poder economizar mais”, conta a mãe que levou o filho mais novo, Lucas Gabriel, de 5 anos, para ajudar nas compras.

A escolha do garoto incluiu todos os cadernos estampados com o escudo do time do coração. “É meu time do coração e vou levar ele para a escola”, conta a criança.

Melhora no desempenho

Recebendo o benefício pelo segundo ano consecutivo, Jaciléia é enfática em dizer que até a nota dos filhos melhoraram. “Agora é tudo 10. Eles ficam mais animados para ir à escola e com isso se dedicam mais aos estudos”, conta a mãe.

Liberação do saldo

Muitas pessoas já procuraram a loja de Elisamar logo nas primeiras horas do dia 31, mas o benefício de algumas ainda não tinha sido liberado. Como o número de beneficiados é grande, os saldos estão caindo gradativamente e a Sedes garante que até o final de semana todos já terão acesso aos valores.

O aplicativo Bolsa Escola está disponível em todas as plataformas e serve tanto para os estabelecimentos credenciados, quanto para os beneficiados com o auxílio. Lá, informações como locais credenciados, saldo e status da inscrição podem ser acessados.

“As pessoas já estão procurando desde cedo, mas algumas não tiveram o saldo liberado. Descobri agora que posso checar, pelo aplicativo do celular, quem já teve o benefício liberado ou não. É mais fácil para todo mundo”, explica a comerciante.

A consulta também pode ser feita pelo site http://www.bolsaescola.sedes.ma.gov.br/site/

Bolsa Escola

O Bolsa Escola, programa que transfere renda para compra de material escolar às famílias de alunos da rede pública, entre 4 a 17 anos, está presente nos 217 municípios do Maranhão e conta, atualmente, com 1.800 estabelecimentos aptos a realizar a venda de material escolar aos beneficiários.

Nas edições anteriores, o programa já beneficiou 1,2 milhão de crianças, injetando R$ 100 milhões na economia.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Social, Neto Evangelista, o programa tem dois principais eixos.

“O primeiro é o da dignidade das nossas crianças, para dar oportunidades para elas poderem escolher seus materiais escolares, o que levar para dentro da sua sala de aula e isso, sem dúvida, entusiasma as crianças e faz com que tenham um empenho melhor dentro da sala de aula. O segundo eixo é o eixo econômico no estado, são milhões de reais em compras de material escolar, beneficiando os comércios maranhenses”, destaca Neto Evangelista.

“Respeitando o eixo da dignidade das nossas crianças e respeitando o eixo comercial, o programa terá mais um ano de sucesso, assim como foi em 2016 e em 2017”, completa o titular da Sedes.

Fabiana Akira
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