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TerraA Petrobras anunciou nesta sexta-feira elevação do preço da gasolina nas refinarias em 4% e do diesel em 8% a partir de 0h de 30 de novembro, segundo fato relevante. O Conselho da estatal aprovou a implementação de uma política de preços, mas "por razões comerciais, os parâmetros da metodologia de precificação serão estritamente internos à companhia".
De acordo com comunicado, a nova política de preços pretende assegurar que os indicadores de endividamento e alavancagem retornem aos limites estabelecidos no plano de negócios em até 24 meses, além de alcançar a convergência dos preços no Brasil com as referências internacionais. Mesmo assim, a estatal afirma que a política não deve "repassar a volatilidade dos preços internacionais ao consumidor doméstico".
O último reajuste da gasolina ocorreu no dia 30 de janeiro, um aumento de 6,6%. Já o diesel subiu 5,4% e mais 5% no dia 6 de março. Hoje o ministro da Fazenda Guido Mantega, que preside o Conselho de Administração da Petrobras, esteve na sede da empresa, em São Paulo, reunido com o conselho, que definiu o valor do reajuste. O valor do reajuste, segundo a empresa, não inclui os tributos federais (PIS/Cofins e a Cide) e estaduais (ICMS).
Reajustes automáticos
Tanto um reajuste pontual dos combustíveis quanto uma nova metodologia de precificação da gasolina e do diesel eram aguardados com ansiedade pelo mercado, porque podem dar fôlego financeiro à empresa, que sofre com um caixa apertado e alto endividamento. No entanto, o comunicado da petroleira não sinalizou claramente como funciona a nova política de preços.Uma fonte com conhecimento do tema disse, sob condição de anonimato, que a Petrobras não fará reajustes imediatamente após o preço do petróleo subir ou recuar no exterior, mas deverá aguardar por algum período para então repassar a variação ao mercado doméstico. O lucro da Petrobras no terceiro trimestre veio bem abaixo da previsão de analistas, com queda de 39% em relação ao mesmo período do ano passado, com impacto principalmente da importação elevada de derivados por um preço acima do praticado no Brasil.
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