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Liliane agride a mãe a facadas e comete suicídio no Jardim Botânico

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Redação

O inusitado retorna à cena da mídia neste fim de semana. A advogada Liliane Góes de Andrade morreu ao tentar pular de um prédio, provavelmente, após tentar matar sua mãe, a psicóloga Norma Tereza Góes de Andrade.

A advogada ganhou notoriedade nacional após usar os termos "Me filma, me edita, me posta", "Só saio para fechar negócio" e "Sou original de fábrica" durante sua detenção numa delegacia. Acompanhe o vídeo gravado há cerca de dois anos e a tragédia que seguiu.



G1 e Notícias BR

Uma mulher morreu e outra ficou ferida no fim da noite de sexta-feira na Rua Pio Correia, no Jardim Botânico. A polícia suspeita que o caso tenha ocorrido após uma briga entre a mãe, a psicóloga Norma Tereza Góes de Andrade, de 73 anos, e a filha, a advogada Liliane Góes de Andrade, de 40 anos, mas ainda investiga outras hipóteses para o crime. Há dois anos, Liliane, que, na época, era advogada do Tribunal de Contas do Estado, ficou célebre na internet devido a um vídeo que a mostra numa delegacia visivelmente transtornada. Ela tinha sido detida com um estilete e chegou a agredir um policial civil na delegacia. Após a divulgação do vídeo, frases como “Sou original de fábrica. Estou horrorosa”, “Me filma e me edita” e “Só saio para fechar negócio” se tornaram virais na rede.

Liliane
Advogada se celebrizou por barraco num distrito policial carioca
Segundo uma moradora do prédio, os vizinhos se assustaram ao ouvir gritos de “ela vai me matar” e “chama a polícia”. Mobilizados, bateram à porta, sem sucesso. Com ajuda do porteiro, arrombaram o apartamento. Ao entrar, no sétimo e último andar do edifício, se depararam com Norma Tereza Góes de Andrade, de 73 anos, caída com a cabeça ensanguentada e com sinais de diversas facadas. Ao perceber a situação, Liliane Góes de Andrade, filha caçula de Norma, de 40 anos, teria corrido para a cobertura. Ela caiu e foi encontrada morta momentos depois, num prédio ao lado.

A mãe

Flávia Barros, delegada adjunta da 14ª DP (Leblon), onde o caso foi registrado, aguarda a liberação médica de Norma para colher um depoimento.

Com ferimentos, ela foi socorrida por um vizinho médico e, posteriormente, levada ao hospital Miguel Couto. Em situação estável, ela foi encaminhada para o hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo.

— Norma é uma pessoa tranquila, nunca vimos nenhuma situação deste tipo por aqui — disse um vizinho.

De acordo com o porteiro do prédio, Norma morava há três anos no apartamento e não costumava receber visitas de Liliane.

Segundo um parente de Norma, mãe e filha tinham problemas de relacionamento:

— Elas não se davam bem.

O caso foi registrado na polícia como suicídio, mas a delegada adjunta Flávia Barros ainda não descartou outras hipóteses.

A filha

— Acompanhei a perícia e conversei com alguns vizinhos. Eles ouviram uma briga. Tudo leva a crer que, após a discussão, a filha se jogou pela janela. Por enquanto, nenhuma hipótese está descartada. Para ajudar nas investigações, vamos solicitar as imagens do circuito interno do prédio — disse a delegada, acrescentando que Liliane, formada em Direito, passava por um tratamento psiquiátrico.

Moradora de Ipanema, Liliane era bastante conhecida na vizinhança por seu comportamento instável. Segundo Raimundo Nonato Silva, porteiro do prédio em frente, a advogada era bastante agressiva e não era raro vê-la em alguma confusão.

— Uma vez, ela quis agredir o pessoal da boate que tinha aqui na frente com uma faca. E também bebia demais. Ontem mesmo, por volta das 15h, estavam entregando bebida na casa dela — contou ele.
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