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Egito: Forças Armadas anunciam a criação de governo interino

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Ansa e Jornal do Brasil

O site do jornal egípcio Al-Ahram informou nesta quarta-feira que o Exército já comunicou ao presidente Mohamed Mursi que ele não é mais chefe de Estado. Um representante das Forças Armadas do Egito fez um pronunciamento à nação em rede de televisão e anunciou a criação de um governo interino e a suspensão da Constituição do país.

Mais cedo, a Irmandade Muçulmana, disse que Mursi teria sido detido em regime de prisão domiciliar por militares na sede da Guarda Republicana do Cairo.

Um conselheiro de Mursi afirmou não saber onde o mandatário se encontra. Gehad el Haddad, que também é porta-voz da legenda de Mursi e do grupo islâmico Irmandade Muçulmana, disse, em entrevista à CNN, que "todos os contatos com ele foram cortados".

A notícia, no entanto, gerou comoção e diversas pessoas reunidas na praça Tahrir, no Cairo, comemoraram a suposta prisão.

Tanques e unidades das forças especiais de segurança do Egito estão se posicionando nas proximidades do Palácio Presidencial de Ittahadeya para impedir que sejam registrados confrontos entre os manifestantes a favor e contra o regime do presidente Mohamed Mursi. Um grupo encontra-se em frente à sede da Presidência enquanto outro está a poucos metros de distância, nos arredores da mesquita El Rabaa Adaweya.

O presidente egípcio foi proibido de sair do país, disseram fontes de segurança do aeroporto do Cairo. A proibição foi entendida a outros membros da Irmandade Muçulmana, sua legenda política.

A crise no Egito "deve ser resolvida por meios políticos", afirmaram autoridades norte-americanas. "Os Estados Unidos não apoiam qualquer grupo e partido", afirmou o porta-voz do Pentágono, George Little.
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