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Frederico LuizImperatriz, MA - Veiculado na Rede Globo de Televisão, o Jornal Nacional exibiu hoje, 1º de abril, o drama do abandono das moradias do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em Imperatriz, a segunda cidade do Maranhão e que fica 600km ao sul da capital, São Luís.
Simplesmente, as casas estão inabitáveis. Aliás, apenas bovinos e insetos se arvoram em pastar e zoar pelo local.
Um vistoso prefeito tucano, Madeira, reeleito o ano passado, prometeu ao telespectador que até maio estaria entregando as casas a quem de direito, o conjunto da população que mora em áreas de risco de enchentes.
A promessa de entrega e a denúncia são velhas. Ademais as casas, estão abandonados também os prédios para a escola e o centro comunitário do local.
Veja abaixo, publicação de seis de agosto de 2011 sobre o tema. A Aldeia comparou o programa em Juazeiro, na Bahia com a execução de Imperatriz no Maranhão, do Correio Popular.
Ah! Esperto, ao Jornal Nacional, o prefeito Madeira deixou de citar o ano... da entrega das casas. O mês, será o das noivas: maio.
sábado, 6 de agosto de 2011
Minha Casa, Minha Vida: um tijolo e duas medidas
Aqui, as casas de Juazeiro-BA
Aqui, as casas de Imperatriz-MA
Casas do PAC entregues pela
Prefeitura ameaçam desabar
“Estou preocupada porque tem algumas ruas aqui que não foram incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, e essas ruas estão intrafegáveis e os moradores revoltados. Temos 24 casas feitas pelo projeto e entregues pelo prefeito de Imperatriz, serviço de péssima qualidade, fossas estourando e falta d’água tanto no Parque Amazonas como nas 24 casas do PAC”, afirma Francisca Dominice, fiscal do PAC no Parque Amazonas
“Se realmente o PAC não tiver como incluir essas ruas, então o prefeito de Imperatriz tem que se pronunciar e cumprir com suas obrigações para dar uma qualidade de vida melhor para as pessoas. Aqui na nossa periferia o sofrimento desse povo é grande demais. Quero responsabilizar o município para trazer a rede de esgoto e asfaltamento dessas ruas”, declara Francisca Dominice.
Nossa reportagem visitou o Conjunto Jurivê de Macedo, formado pelas 24 casas construídas pelo PAC e entregues pela prefeitura de Imperatriz há pouco mais de um ano para beneficiar famílias cadastrados do Parque Amazonas. A primeira pessoa que encontramos foi o morador José da Silva Costa, que foi logo reclamando: “quando entregaram essas casas já não tinha água, mas disseram que no outro dia o problema já estaria resolvido, e até hoje, nada.”
A reclamação também é feita pela dona de casa Marlene da Silva Sousa. Encontramos a mulher de 55 anos carregando uma lata d’água na cabeça, sacrifício de mais de quarteirão. “Faço isso quatros vezes pela manhã e a tarde mais quatro viagens”.
Minha Casa Minha Vida em Imperatriz-MA |
Piso do banheiro desta casa apresenta defeitos |
Para completar, o piso do banheiro da casa dela está quebrado e afundando. Na casa de dona Maria José, rachaduras nas paredes denunciam a péssima qualidade do serviço. Pelo lado de fora já é possível observar uma fenda que acompanha a parede até a parte de baixo e por toda a extensão da calçada.
Na busca por respostas, nossa reportagem encontrou mais problemas. Por telefone, educadamente, a coordenadora geral do Programa Técnico Social do PAC, Tamyres Pereira Fernandes, falou que a empresa responsável pela construção do conjunto já foi informada e havia anunciado uma revisão nas casas prejudicadas.
Sobre a falta d’água, segundo ela, só o engenheiro Demóstenes, da Secretaria de Infraestrutura, poderia responder. Quando falamos com o engenheiro, ele disse que não estava autorizado a dar entrevista e nos passou para o coordenador da Unidade Executiva Local do PAC, Dr. Chagas. O coordenador disse que a água é de responsabilidade da Caema e não soube dizer quando as vistorias começam e que Demóstenes é quem poderia nos responder. Informado sobre os deslizes da comunicação, Dr. Chagas disse que iria procurar a Caema sobre a questão da água e que depois nos daria uma reposta.
Francisca Dominice, autora das denúncias |
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