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Um problema grave ecológico na região do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses

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Paisagens exuberantes do litoral do Maranhão estão ameaçadas
Alexandre Ugarte, Portal de Barreirinhas

Barreirinhas, MA - Nas mediações do povoado Atins podemos observar várias plantas introduzidas em suas varandas e jardins, principalmente a nova população de moradores estrangeiros que chegam no povoado introduzindo até mesmo plantas de outros países e o eucalipto. Nas varandas de suas casas a existência persistente de begônias, que com a baixo nível de umidade não existe grande problema, porem formam um habitat para pequenos sapos e pererecas, facilitando assim um sistema que não existia.

A proliferação do eucalipto em Atins esta sendo facilitado com o crescimento acelerado de varias arvores nestes últimos 3 anos e ninguém até o momento não restringiu ou proibiu tal pratica na região. Se bem que pelas pesquisas feitas a chegada de indivíduos a um novo habitat não implica necessariamente a sua naturalização. Na realidade, a probabilidade de sucesso é pequena, somente 10% das espécies introduzidas conseguem êxito, e destas, somente 20% causam problemas nas comunidades naturais.Só que observamos mudanças nestes últimos 3 anos.

Outro caso alarmante foi o encontro próximo da foz do Rio Preguiças, de vários Tambaquis um de 8 k, inclusive o nosso amigo proprietário da pousada do Irmão, sabe desta nossa aventura, em que o piloto de voadeira, o Araujo, encontrou 3 tambaquis cada um com mais de 5 k todos vivos porem cegos por causa do contato da água salgada, no momento de maré de enchente na maré de sizígia de agosto de 2012. Eles desciam o rio quando ele encontro os peixes flutuando meios bêbados. Apesar de achar que tambaqui só come frutas e vegetais, mas quem sabe se eles não comem pequenos peixes e ovas. Outro exemplo é o tal do camarão da malásia que esta presente recentemente em todo Rio Preguiças, podemos encontrar também tilápias, lambaris e o camarão pitu que dizem estes já existiam.A introdução de animais estranhos ao ecossistema também pode provocar mudanças profundas no ecossistema, criando competição com os animais nativos.

Em se tratando do ambiente marinho, a introdução de novas espécies pode se dar de maneira natural, por meio dos peixes que migram para se reproduzir ou se alimentar, e encontram barreiras naturais como temperatura, salinidade entre outras, que impõem um limite para a sua expansão. E há também as introduções não-naturais, principalmente por organismos que se fixam ao casco dos navios (fouling) ou que são transportados em águas de cisterna, utilizadas como lastro.

E em São Luis o que mais preocupa neste sentido são os sistemas de lastro dos navios – por meio de água – implicam o transporte de milhões de metros cúbicos de água do mar, com toda a flora e fauna do local da coleta, não só os indivíduos, mas também ovos, células reprodutivas, cistos, bactérias, vírus etc.

Por tanto é alarmante a introdução voluntária de espécies, como ocorre na aqüicultura, deve ter uma regulamentação muito restritiva, com uma justificativa muito boa para a necessidade de utilização da espécie estrangeira; avaliar economicamente o benefício da introdução, apresentar estudos de impacto da espécie, uma vez que há o risco de ela a vir a escapar para o ambiente natural. E principalmente estamos em Unidade de conservação e o nome já diz tudo.

Peço o parecer dos responsáveis dos poderes públicos tas como ICMBIO, IBAMA, Secretaria do Meio Ambiente do estado do Maranhão e Barreirinhas sobre estes problemas altamente impactante ao ecossistema do Maranhão e principalmente o nosso Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.
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