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Servidores ligados ao Condesf aceitaram a proposta do governo e voltam ao trabalho no dia 3 de setembro

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Thais Leitão, Agência Brasil

Cerca de 250 mil servidores públicos, principalmente de carreiras administrativas, de 17 categorias ligadas à Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), voltam ao trabalho na próxima segunda-feira. Após pouco mais de dois meses em greve, eles decidiram nesta terça-feira, durante plenária nacional, assinar acordo com o governo federal, aceitando a proposta de reajuste de 15,8%, e suspender a paralisação.

Segundo o secretário-geral da entidade, Josemilton Costa, nos próximos dias serão realizadas assembleias estaduais para reportar a decisão aos integrantes do movimento, que ele avaliou como positivo. Costa disse que o fim da greve não encerra a mobilização das categorias.

"Os 17 setores deliberaram pela assinatura do acordo, mas isso não significa que a mobilização vai parar. Vamos continuar em busca da equalização salarial. A proposta [do governo] ficou distante da nossa pauta, mas temos maturidade para entender que saímos do zero. O espírito da categoria é vitória, mas não vamos parar nossas lutas", disse ao fim da plenária.

Reposição e pagamento
Ainda de acordo com o secretário-geral da Condsef, o governo sinalizou que assim que as categorias assinarem o acordo serão abertas imediatamente as negociações para efetuar a reposição e o pagamento dos dias parados.

“A primeira metade seria paga em 5 de setembro, em folha suplementar. O restante será definido nas negociações, se em outubro ou novembro. Nós queremos que os 100% sejam pagos em setembro, mas se não for possível, vamos reivindicar que [os outros 50%] sejam [pagos] em outubro”, disse.

Josemilton Costa informou, ainda, que a assessoria jurídica da Condsef tem audiência marcada para a tarde de hoje no STF (Supremo Tribunal Federal) para apresentar argumentos com os quais defendem a suspensão imediata do corte nos pontos dos grevistas.

Outras categorias
Outras categorias que integram a base do Condsef, mas estão negociando separadamente com o governo, informaram à confederação que também vão aceitar a proposta e assinar o acordo. Entre elas estão os servidores do Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) e das carreiras ambientais, que incluem o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Ministério do Meio Ambiente e Instituto Chico Mendes.

Já os servidores do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) decidiram ontem manter a paralisação, conforme informou o diretor da Cnasi (Confederação Nacional das Associações dos Servidores do Incra), Reginaldo Aguiar. Segundo ele, a entidade aguarda nova negociação com o Ministério do Planejamento.

“Enquanto isso, a greve, que começou em 18 de junho, está mantida em 28 das 30 superintendências do órgão no país”, disse, acrescentando que o Incra tem 5,5 mil servidores ativos.

O Ministério do Planejamento reafirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que as negociações de reajuste salarial para 2013 já estão encerradas e que os sindicatos têm até hoje para comunicar ao governo a decisão das bases. Os que não assinarem acordo não terão aumento no ano que vem.
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