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Herdeira e ex-dona da Daslu é sepultada às 15h

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De acordo com a assessoria de imprensa do hospital Albert Einstein, morreu no início da madrugada desta sexta-feira, em São Paulo, Eliana Piva de Albuquerque Tranchesi, 56 anos, herdeira e ex-dona da rede de luxo Daslu. A causa da morte não foi informada e, segundo o hospital, só será divulgada com aprovação da família. Ela lutava contra um câncer de pulmão desde 2006.

Velório de Eliana Tranchesi acontece no Hospital Albert Einstein
Segundo informações do Albert Einstein, o velório acontecerá no hospital até às 12h desta sexta-feira e o enterro está marcado para às 15h, no cemitério do Morumbi.

A empresária esteve no comando da Daslu por vários anos. Fundada por Lucia Piva, mãe de Eliana, a butique multimarcas foi uma das pioneiras no mercado de luxo brasileiro. Responsável por trazer para o País marcas do porte de Dolce & Gabbana, Giorgio Armani, Louis Vuitton, Christian Dior, Prada, Chanel, Burberry, Salvatore Ferragamo, Gucci, Fendi, Chloé, Cacharel, Yves Saint Laurent, Goyard, Tom Ford e Tods.

Eliana Tranchesi foi presa pela Polícia Federal em 26 de março de 2009 após a condenação a 94 anos de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, contrabando e falsificação de documentos, descobertos na Operação Narciso, em 2005.

No entanto, a empresária deixou a Penitenciária Feminina de São Paulo um dia após sua prisão graças a um habeas-corpus concedido pela Justiça Federal. A defesa de Eliana apresentou um laudo médico que comprovava que ela tinha câncer e encontrava-se em tratamento radioterápico e quimioterápico no próprio hospital Albert Einstein. Seu irmão Antônio Carlos Piva de Albuquerque e o ex-contador da Daslu e dono da Multimport, Celso de Lima, também recorrem ao processo em liberdade.

Internação
Em janeiro deste ano, uma das filhas de Tranchesi publicou em seu blog uma carta de Eliana escrita após a internação no Albert Einstein para tratar uma pneumonia no pulmão direito. "Vim para o hospital e a partir de domingo tive reações muito fortes de efeitos colaterais de um antibiótico que tomei. É um tipo de reação muito rara, somente 0,01% das pessoas a tem. Fui uma delas. Tive um tremendo revertério e pela primeira vez na minha vida não vi luz no meu presente, nem alegrias no meu passado e nem esperanças no futuro", afirmou.

Negócios
Enfrentando crise nas finanças desde 2005, a Daslu entrou em julho de 2010 com pedido de recuperação judicial na Vara de Recuperações Judiciais da Capital de São Paulo. Essa medida permitiu que a empresa negociasse suas dívidas sem precisar interromper seu funcionamento. As dívidas com o fisco paulista somavam R$ 500 milhões, incluindo multas por sonegação de ICMS. Com a Receita Federal, a multa à Daslu e à Multimport por fraudes em importação era de R$ 230 milhões, mas foi reduzida para R$ 115 milhões.

Em fevereiro de 2011, os credores da butique aprovaram de compra da marca pelo fundo Laep Investiments, do empresário Marcus Elias, um dos donos da Parmalat. O grupo venceu o leilão de recuperação judicial com a promessa de aportar R$ 65 milhões na reestruturação da Daslu.

A proposta ainda garante que o fundo pagará em até três anos as dívidas da loja com fornecedores, que chegam a R$ 80 milhões. Na época, o faturamento médio estimado do grupo Daslu era de aproximadamente R$ 250 milhões ao ano. A Laep foi a única a propor uma oferta pela marca aos credores, que também aprovaram na reunião o plano de recuperação judicial da empresa.

Com a chegada do grupo Laep, a Daslu investiu na abertura de uma loja virtual e na primeira fora de São Paulo, no Rio de Janeiro, no shopping Fashion Mall. Inaugurada em 5 de dezembro de 2011, o ponto vendeu em apenas 13 dias o que estava planejado para um mês e ficou com as prateleiras quase vazias. O grupo prepara agora a inauguração de mais duas lojas fora de São Paulo: em Brasília e no interior de São Paulo.

Fonte: Terra

Nota do Blogueiro: Eliana Tranchesi foi alvo do chargista Maurício Ricardo.

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