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Correio Popular entrevista o novo presidente do Imperatriz

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por Hemerson Pinto

Edivaldo da Silva Cardoso tem 41 anos e iniciou a carreira de comunicador em 1993 na Rádio Cultura, hoje Difusora Sul, em Imperatriz. Desde então começou a acompanhar os jogos do Cavalo de Aço como comentarista esportivo, ao lado de nomes como Clodomir Guimarães (Corró), Manoel Cecílio, Mariano Neto e Marcelo Rodrigues, grupo chamado por ele de “Velha Guarda do Rádio imperatrizense”.

Radialista, Edivaldo Cardoso é o novo presidente do Cavalo
A primeira vez que Edivaldo Cardoso entrou no estádio Frei Epifânio D’Ábadia foi em 1981, a convite de um amigo, para acompanhar o clássico Tocantriz, Tocantins x Imperatriz. Lembra que a partida foi interrompida por uma briga entre os jogadores.

Em 2005 teve a chance de participar do título inédito da história do Imperatriz pelo Campeonato Maranhense, como comentarista. Em 2006 foi convidado para assumir a assessoria de comunicação da Sociedade Imperatriz de Desportos, tendo a oportunidade de acompanhar o grupo na Copa do Brasil do mesmo ano e na série C do Brasileiro em 2007.

No biênio 2008 e 2009 Edivaldo assumiu a supervisão do clube, ficando responsável por documentação junto a Federação Maranhense de Futebol e outros assuntos administrativos. O cargo de gerente de futebol veio em 2010. Agora, no final de 2011, Edivaldo Cardoso assumiu a presidência do Cavalo de Aço. Foi sobre esse assunto que ele bateu um papo com o Correio Popular, à beira do gramado do Frei.

Correio Popular - Foi convite ou você se ofereceu para assumir a Sociedade Imperatriz de Desportos?
Edvaldo Cardoso - Foi convite que eu recebi de um grupo de pessoas, incluindo empresários da cidade, devido a minha dedicação e empenho. Ao término da última competição eles me procuraram perguntando se eu não gostaria de assumir a presidência, sendo que eles iriam me ajudar para que a gente pudesse fazer uma equipe forte. Pedi um tempo pra pensar, e nesse período fui atrás de alguns parceiros que vinham nos dando suporte e eles se comprometeram a ajudar também. Então conseguimos juntar seis pessoas na diretória (...) no sentido de nos reunir, debater e buscar aquilo que for melhor. A gente tinha um sonho, que não é barato, para uma equipe profissional como Imperatriz. Não adianta fazer um trabalho só com o amor, isso é importante, mas é preciso ter dinheiro, ter estrutura para fazer um time (...).

O Cavalo de Aço se despede de 2011 no vermelho ou é boa a situação financeira?
O Imperatriz tinha em caixa uma perspectiva de R$ 120 mil, sendo R$ 20 mil da prefeitura e R$ 100 mil do Governo do Estado. O presidente enfrentou dificuldades em três meses do primeiro semestre e mais dois meses no segundo semestre. Ele foi pra um acordo com os profissionais (jogadores) no sentido de quitar essa pendência de 2011. Recebeu a parcela do Governo do Estado (Viva Nota) e agora vai receber o restante, da prefeitura, para acabar de quitar e passar a régua em 2011.

Como você define a atuação do Imperatriz em 2011?
Foi importante. Com dificuldades, principalmente administrativas, mas teve a participação da prefeitura quando disponibilizou R$ 50 mil - deu R$ 30 mil e agora vai pagar os R$ 20 mil - foi uma ajuda para a diretoria. No geral foi bom, no primeiro semestre ainda conseguiu ficar na 3ª colocação (Maranhense) deixando times de prefeituras para traz, como Santa Quitéria, Bacabal, Moto. No segundo semestre tivemos a participação na final de um turno, no returno tivemos uma tabela prejudicial para o Imperatriz com 110 horas nas estradas, sete jogos fora e apenas dois em casa. Os jogadores são seres humanos, é necessário um tempo de recuperação. Fui muito difícil (...). O Imperatriz teve sete viagens, o custo de cada uma, na média, fica entre R$ 3.500 mil, R$ 4 mil. A alimentação fica em torno de R$ 3 mil. Às vezes foi preciso ir na Assembleia Legislativa pedir ajuda aos deputados para cumprir os compromissos fora de casa. O deputado Pádua, Carlinhos Amorim, Valéria Macedo, Léo Cunha, eles nos ajudaram em alguns momentos de dificuldades financeiras.

O Elenco para 2012?
De uma relação de 25, 30 atletas, têm muitos jogadores que se destacam e Imperatriz é uma vitrine, o Cavalo de Aço é uma referência. Os jogadores que se destacam aqui recebem propostas de outros times do Nordeste, Norte, Sul, Sudeste do país. Dessa temporada de 2011, acredito que vamos ficar com pelo menos oito ou dez jogadores. Estamos acompanhando alguns jogos, como os do JV, vamos a Vila Nova dos Martírios (ontem), vamos a São Luis (hoje), olhar alguns jogadores em um amistoso. Queremos montar uma equipe reformulada com a base de 2011 e novos valores.

Quanto aos patrocínios?
Têm pessoas nos procurando, afirmando que querem estar com a gente. Agora, o empresariado da cidade tem que olhar o Imperatriz como um investimento. É uma marca forte que, estando embalado, tem capacidade de vender a marcar do patrocinador. Dentro dessa filosofia temos alguns parceiros, inclusive uma empresa multinacional, dependendo apenas de um projeto que até segunda-feira disponibilizaremos. Temos tudo para fazer uma equipe competitiva.

O que representa estar à frente do Imperatriz?
É um time que vai fazer 50 anos, a gente acompanha há 20. É uma responsabilidade enorme por trabalhar com a emoção das pessoas. O torcedor não quer saber se o time jogou mal, quer saber se o time ganhou o jogo e marcou três pontos, mas nem sempre o resultado esperado vem dentro de casa. Mas estamos com o emocional preparado.

Alguma estratégia para aproximar o torcedor?
Se você quer unir é preciso fortalecer. A primeira motivação é um time competitivo, depois é a divulgação, com um plano de mídia e sempre informando ao torcedor. Na abertura do Campeonato Maranhense (2012) a Federação nos forneceu uma moto para sortear aqui, mas vamos ao comércio buscar mais brindes. A abertura seria no dia 22 (Janeiro) conseguimos antecipar para o dia 21 de janeiro de 2012, é a abertura oficial da competição e começa por Imperatriz, com uma grande programação com festa, banda de música, tudo para chamar atenção do torcedor.

Cavalo de Aço em uma palavra?
Uma marca, uma identidade, uma equipe que representa muito pra mim.

Fonte: Correio Popular
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