Publicidade
Fathi Terbel, membro do comitê popular que controla a cidade de Benghazi e um dos líderes do levante popular na Líbia, afirmou neste sábado que as forças leais ao ditador Muammar Kadafi controlam somente 15% do território nacional."Kadafi está vivendo os últimos momentos (no poder). Esperamos o final de seu regime nos próximos dias", afirmou Terbel, advogado de 39 anos, cuja detenção no último dia 15 foi o estopim para o levante no leste do país e em várias localidades do oeste e do sul.
Terbel é responsável pela Sociedade Civil e Juventude na administração temporária de Benghazi, a segunda maior cidade da Líbia, controlada desde o último dia 21 por um comitê popular após os protestos que começaram no dia seguinte de sua detenção.
Em declarações a um grupo de jornalistas, o líder da revolta popular destacou que já não se pode mais falar do Exército de Kadafi, pois "a ideia é que não tem Exército", mas sim de milícias paramilitares leais e mercenários.
Além disso, o advogado assinalou que a decisão de lançar ou não um ataque militar contra Trípoli, algo que descartou em princípio, é uma decisão que deve ser tomada pelos conselhos da revolução, e não pelas Forças Armadas.
Terbel, detido sete vezes ao longo de sua vida, é advogado das famílias dos cerca de 1,2 mil presos que se acredita terem sido assassinados por forças especiais do líder líbio na prisão de Abu Salim, em Benghazi, em 1996, por exigirem melhor tratamento na prisão.
Ele também contou como foi preso pela última vez, no dia 15 passado: "Vinte e quatro agentes armados entraram em casa às 15h30, me detiveram e me puseram sob custódia".
Fontes: EFE e Terra Brasil
Comente aqui