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Maré: Homem é assassinado pelo Exército

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Favela da Maré
Conjunto de favelas da Maré está ocupado por forças federais há uma semana
R7

Rio de Janeiro, RJ. Um homem foi morto por volta das 7 da manhã deste sábado (12), após resistir a uma abordagem por tropas do Exército no Complexo da Maré, Rio de Janeiro. Segundo os militares que participaram da operação, o homem fugiu e chegou a trocar tiros com soldados do Exército e Marinha, na favela da Vila dos Pinheiros, uma das ocupadas por forças federais desde 5 de abril.

Os moradores questionaram a versão oficial, e afirmaram que o morto era funcionário de um lava jato, que foi confundido com um traficante pelas tropas. Em protesto, moradores atearam fogo em pneus, fizeram barricadas e colocaram pedras na Linha Amarela e na Avenida Brasil. De acordo com eles, os militares deixaram uma arma ao lado do corpo para justificar a morte do rapaz.

É a primeira morte no Complexo da Maré desde que o conjunto de favelas foi ocupado pelo Exército, em 5 de abril, com previsão de término em 31 de julho, após o fim da Copa do Mundo. O homem não teve o nome divulgado e o caso está sendo investigado pela 21º DP, em Bonsucesso, zona norte do Rio de Janeiro.

Outro Lado

Complexo da Maré, noticiário e blogs

Marcos Mucheroni
Segundo o Google News, 270 reportagens sobre o evento apareceram na mídiaComplexoDaMaré internacional por jornais e portais espalhados pelo mundo inteiro, entre eles a Al Jazeera, Yahoo!, China Post, a agencia noticiosa australiana news.com.au em relatos que em geral diziam: “A operação, realizada rapidamente logo ao amanhecer, foi a última tentativa para expulsar quadrilhas de traficantes da famosa favela da Maré, paraíso do crime organizado e um dos lugares mais perigosos”, isto foi no dia 30 de março.

Aos poucos as notícias vão ficando mais claras, não há “pacificação” termo que o blog RioOnWatch rejeita o termo e esclarece: “paz é um estado de espírito desejado e que pode ser alcançado individualmente ou coletivamente”, não é uma operação de meditação e a permanência de tropas, agora também federais revelam que não há uma “paz duradoura”, portanto é repressão.

Mas ao analisar a região onde se situa o complexo da Maré entre a linha amarela e a Avenida Brasil, fica claro que é uma estratégia montada em função da Copa, uma vez que estas serão passarelas de muitos turistas, e espera-se até lá alguma pacificação, embora o estado de tensão na população local continue em evidência nos noticiários que noticiam os fatos e não a propaganda oficial.

Os 2.500 militares que “ocupam” a favela da Maré, seguem o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) assinado pela presidente Dilma Rousseff e agora faltam apenas 2 meses para a Copa do Mundo de Futebol
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