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Eutanásia de Luís Fernando é sinal de falência generalizada do clã Sarney

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Roseana Sarney
Frederico Luiz

São Luís, MA. O secretário da Infra-estrutura do governo do Maranhão até a semana passada e ex-prefeito de São José de Ribamar, Luís Fernando, cumpriu sua promessa. Ele somente seria candidato à reeleição, tornando-se governador pela via indireta com a vacância dos cargos de governador e vice.

Com a permanência de Roseana Sarney a frente do Palácio dos Leões, ele jogou a toalha, a água milagrosa e o algodão.

A governadora Roseana Sarney tem um interlocutor muito próximo, Hildo Rocha é o único do staff que consegue prever as ações da filha do senador José Sarney. Ele acertou na mosca sobre a  permanência de Roseana em reportagem divulgada no Brasil 247, de 3 março deste ano, republicada pela Aldeia no mesmo dia, aqui.

Os desentendimentos entre Roseana e Luís Fernando foram além do esperado. Seu ex-auxiliar está descartado dos planos do grupo até para conseguir uma vaga na Câmara Federal.

Lobão Filho

A preferência da vaga do PMDB para a disputa do governo do Maranhão caiu sobre o suplente de senador no exercício do cargo, Edinho Lobão, filho do titular e ministro das Minas e Energia, Edson Lobão.

Mas, como confiar nos humores de Roseana? Até junho, ela pode trocar novamente de candidato, como fez com o agora ex-fiel escudeiro, Luís Fernando.

Porém, uma coisa é transformar um carneiro, no caso Luís Fernando, num bode, expiatório. Agora, fazer o mesmo com um lobo já é difícil, imaginem com um Lobão. O estrago no grupo Sarney pode ser pior ainda.

Oposição

A notícia foi ótima para a oposição que deve apressar em escolher o vice-governador da chapa majoritária e começar a montagem das proporcionais para a Assembleia Legislativa e Câmara Federal.

O próximo candidato governista vai partir do zero ou perto disso e Flávio Dino (PCdoB) seguirá novamente para a casa dos estratosféricos 70% das intenções de votos. Hoje, ele está situado na casa dos 50% e venceria fácil no primeiro turno onde somente são apurados os votos válidos, ou seja, desconta-se brancos e nulos.

E também, o mesmo céu de brigadeiro para Roberto Rocha (PSB). Agora, e mais ainda o franco favorito para vencer a disputa pela única vaga no senado federal.

Sarney

Não é a toa que o título do artigo deste domingo do senador José Sarney é "O Poder que não pode". Minha avó, Mariquinha Sousa sempre me lembrava na infância: "Triste do poder que não pode"!
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