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O Rock in Rio pode, a Copa do Mundo não pode?

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Fuleco
Fábio Gaspar

Eu não sou um defensor convicto da Copa no Brasil, pois qualquer evento sob o comando dos donatários da CBF, ou seja, Marin, Ricardo Teixeira e Cia, merece a nossa desconfiança. No entanto, fica a minha indagação. Ora, tantas manifestações contra a Copa e contra a presença do Papa no Brasil, mas nenhuma contra o festival que propaga o mundo pop/pobre de Beyoncé, Thirty Seconsds to Mars, Justin Timberlake! Aliás, 'rock' mesmo estava difícil de encontrar no tal evento comandado pela família Medina, do RJ.

Não vi nenhuma bandeira verde, amarela ou vermelha, nem tampouco a presença dos tão combativos 'Black Blocs' manifestando-se contra o Bruce Springsteen cantando "Born In The U.S.A.", ou contra sua principal parceira, a Globo.

Ora, se na terra do Samba de Noel e do Forró do Gonzagão podem fazer um festival de Rock, porque no País do Futebol do Pelé e do Garrincha não se pode fazer uma Copa do Mundo?

Alguns vão dizer que na Copa tem dinheiro público. Ah, entendi, no Rock in Rio não tem?

Pelo que foi publicado no jornal 'Folha de S. Paulo', o Rock in Rio recorreu novamente à Lei Rouanet, que permite aos patrocinadores dedução no Imposto de Renda, para bancar parte de seus custos, ou seja, dinheiro público. A quinta edição brasileira do festival, foi autorizada a captar cerca de R$ 12 milhões, sem contar o apoio da Prefeitura e do Governo do Rio.

Todas as denúncias de superfaturamento dos estádios tem de ser apuradas, bem como devem investigar a fundo todas as denúncias de superfaturamento do Metrô em São Paulo.

Mas vou avisando, não vou deixar de ver os jogos da Copa, muito menos deixar de usar o Metrô. Quanto ao rock, eu respeito, aliás, gosto dos Stones, Queen, Dylan e outros, mas pra mim no Brasil é o Samba que pede passagem....
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