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O corpo do jornalista Hélton Souza foi sepultado na manhã desta sexta (28), em Pedranópolis |
Araçatuba, SP. A Polícia Civil de Valentim Gentil, que investiga a morte do jornalista Hélton Eduarti Souza, 28 anos, de Pedranópolis-SP, praticamente descartou a possibilidade de que ele tenha sido vítima de latrocínio. O corpo foi encontrado na manhã de quinta-feira (27) no recinto de rodeio da cidade. O boletim de ocorrência registrado assim que o corpo foi encontrado foi de homicídio.
Somente ao abrir o carro, localizado em uma estada vicinal a mais de três quilômetros de distância do local onde o cadáver foi encontrado, é que a polícia descobriu que a bolsa com pertences pessoais dele haviam desaparecido. Apesar do possível roubo dos objetos, um investigador do caso ouvido pela reportagem nesta sexta-feira (28) informou que a polícia acredita que a morte dele não teve essa finalidade. Entretanto, não foi informada qual a linha de investigação.
Durante todo o dia desta sexta, policiais da cidade e também de Pedranópolis, Fernandópolis-SP e da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Votuporanga-SP continuaram em diligências na tentativa de esclarecer o crime. Porém, ninguém foi preso ainda.
Comoção
O corpo de Souza passou por exame necroscópico no IML (Instituto Médico Legal) de Votuporanga e somente por volta das 22h de quinta-feira chegou a Pedranópolis, quando teve início o velório. O clima no local era de muita tristeza e inconformismo com a forma em que a vítima foi assassinada. O enterro aconteceu às 8h, no cemitério da cidade.O jornalista, que foi repórter da Folha da Região entre agosto de 2010 e setembro de 2013, foi encontrado por volta de 8h30 dentro da bilheteria do recinto de rodeio da cidade, que está em construção, com uma camisa enrolada ao pescoço e parte da vestimenta dentro da boca. Os indícios são de que ele tenha sido asfixiado, mas apenas um laudo do IML apontará as causas da morte.
O carro dele, um Chevrolet Onix, foi encontrado minutos depois trancado na estrada vicinal Gabriel Fernandes Casquetti, sem o toca-CD. O veículo foi aberto com a chave reserva. A polícia não encontrou a carteira contendo documentos da vítima, os dois aparelhos de celular, um notebook e uma máquina fotográfica digital.
Mãe recebeu mensagens do celular de repórter morto
Lázaro Jr, Folha da Região
Araçatuba, SP. A mãe do jornalista Hélton Souza, que trabalhou na Folha da Região e foi encontrado morto na manhã de quinta-feira (27), Maria de Lourdes dos Santos Souza, 56 anos, disse à reportagem que estava em Fernandópolis na casa da outra filha, na quarta-feira (26), e esteve com o filho logo após ele sair do trabalho. "Ele ficou um pouco com a gente e saiu por volta das 18h, dizendo que iria a uma academia", informou.
Carro do jornalista Hélton Souza, no detalhe na redação da Folha, encontrado após o crime por policiais |
Maria de Lourdes conta que ainda de madrugada, quando já estava de volta, recebeu uma mensagem no celular, enviada pelo celular de Souza, informando que ele estaria na casa de um amigo em Votuporanga, que dormiria lá, de onde iria para o trabalho pela manhã. "Eu percebi que não era ele, pois havia muito erro de digitação", comentou. Um pouco mais tarde, nova mensagem foi enviada do telefone da vítima à mãe dela, informando que iria para o Paraguai com o tal amigo e retornaria apenas no sábado. "Novamente duvidei que fosse ele, pois jamais faria isso. Acho que a pessoa que estava com o celular queria ganhar tempo", disse.
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