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Pedrinhas e a Banalidade do Mal: Flávio Dino no Facebook

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Decapitados Pedrinhas

Redação

São Luís, MA. O presidente da Embratur, Flávio Dino, lançou em sua página do Facebook, artigo sobre a rebelião de ontem em Pedrinhas.

De fato, decapitação de detentos virou lugar-comum no Maranhão.

Porém, é bom lembrar que este tipo de episódio bizarro, como a foto acima demonstra, aconteceu desde que Roseana Sarney se apossou do cargo de governadora em abril de 2009 no episódio que ficou conhecido como Golpe Judiciário perpetrado contra o eleito das urnas, Jackson Lago.

Direto da Aldeia Global insiste em mostrar estas cenas fortes apesar das críticas de alguns.

O editor da Aldeia lembra que a barbárie da segunda grande mundial somente demonstrou as mazelas do nazi-facismo quando o planeta tomou conhecimento das imagens do holocausto dos judeus nos campos de concentração.

O País, por meio de juízo singular ou tribunal do juri, condenaram os cinco a penas de privação de liberdade em vez da morte por decapitação ou esfaqueamento ou ainda enforcamento como aconteceu com Fábio Ramos Galvão, o Ceguinho; Irismar Pereira, Diego Micael. e também Manoel Laércio Santos Ribeiro, pai de Gilson Cley Pinheiro Silva.

É preciso chocar para acontecer o nascimento de um estado com lei, ordem, segurança e abundância em justiça social.

Direto da Aldeia publicou sobre os episódios em Pedrinhas desta terça:
Pedrinhas: Vídeo do WhatsApp mostra decapitados
Fotos: Decapitados na rebelião de Pedrinhas e 'Vida Pregressa'
Lista dos mortos na rebelião de Pedrinhas, hoje

Direto da Aldeia publicou sobre outras tragédias em Pedrinhas:
2010 - Rebelião com 18 mortos provoca a vinda de Comissão da Câmara
2011 - Rebelião termina, "Monstro de Pinheiro" foi mesmo decapitado (foto)
2012 - Governo do Maranhão terá que indenizar vítimas de rebelião em Pedrinhas
2013 - Maranhão sem lei: Rebelião em Pedrinhas e ônibus queimados nos bairros

PEDRINHAS E A BANALIDADE DO MAL

Eis que aconteceu de novo. Mais mortes bárbaras, decapitações, horror. Já se vão dezenas de mortes neste ano de 2013 em estabelecimentos prisionais do Maranhão.

São pessoas. Têm família. Pais, mães, esposas, filhos. É desumano reduzi-los ao rótulo de "criminosos". E há que se perguntar: já haviam sido julgados, com sentença transitada em julgado ? Cometeram crimes graves ? Ou eram apenas vítimas da falta de uma adequada defesa técnica ? Não sei, não sabemos.

E mesmo que fossem, de fato, criminosos "perigosos", há o que justifique tanto horror ?? Acaso não existem Constituição e leis ?

Na verdade, o que se passa em Pedrinhas é a dose mais elevada e concentrada do que assistimos cotidianamente. Basta olhar ao redor para ver que o Maranhão está sem governo, sem comando.

E os males vão se sucedendo. A cada indicador social que é divulgado, o Maranhão figura em último ou penúltimo lugar. Denúncias de corrupção institucionalizada como método rotineiro ecoam na Assembléia e na sociedade. Homens e mulheres são assassinados diariamente, compondo centenas de homicídios por todo o Estado. Em Pedrinhas, quase que mensalmente, pessoas cumprem uma estranha pena de decapitação.

Não, isso não é normal. Em um mês tão especial, lembremos que Cristo evitou que "criminosos perigosos" fossem torturados e mortos. "Quem nunca errou, que atire a primeira pedra..."

Recuso-me a ver a repetição desses acontecimentos como "normais" ou "fatalidades" (briga de bandidos...).

Recordo Hannah Arendt, referindo-se ao nazismo, falando da "lição que este longo curso da maldade humana ensinou - A LIÇÃO DA TEMÍVEL BANALIDADE DO MAL, QUE DESAFIA AS PALAVRAS E OS PENSAMENTOS."

Realmente lamento muito tudo isso.
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