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Cristiano Neves: voz que lembra Amado se apresenta no Ratinho

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Redação

Cristiano Neves apresentou-se nesta sexta-feira, 13, no programa do Ratinho, exibido no Sistema Brasileiro de Televisão.

Depois de mais de 20 anos na estrada, esse baiano ganhou pela primeira vez um lugar na chamada mídia tradicional.

Para quem gosta de brega, é um prato daqueles... curta e compartilhe.



Cristiano Neves

Meu nome é José dos Santos Neves. Conhecido artisticamente como Cristiano Nves. Nasci no Alto da Vereda, próximo a Irecê/BA, e logo aos cincos anos de idade comecei a trabalhar com meus pais na lavoura, juntamente com seis irmãos para mantermos nossa humilde família. Na época passavamos até necessidade, e por muitas vezes faltava até o que comer, mas nunca perdemos a fé em Deus, e, na expectativa de melhorar a situação, sempre sonhei um dia ser um cantor de sucesso.

Aos dez anos de idade eu já cantava músicas do Amado Batista em voz alta para mostrar aos meus amigos que já tinha talento, e aos poucos meus sonhos foram se moldando.

Dos quinze aos dezessete anos trabalhei na fazenda de um tio, cuidando do gado e outros animais, e por isto recebia uma modesta quantia que só dava para as despesas do mês.

Foi no dia 28 de dezembro de 1984 – já com dezessete anos – meu irmão mais velho me trouxe para São Paulo, cidade onde o mesmo já vivia há dez anos. Sem experiência na cidade grande, sai à procura de emprego, e enquanto não o encontrava, a solução “era fazer bico enfrentando tudo”. Meu primeiro emprego em São Paulo foi de auxiliar numa empresa que fazia todos os tipos de borracha, em seguida, passei a trabalhar para uma metarlurgica. Mas uma vez, em busca do “momento certo”, sai a procura de outro emprego e fui contratado pelo jornal O Estado de São Paulo, onde trabalhei por oito anos, e fui promovido por três vezes. Mas ainda não era o que eu queria, pois em meu sangue só existia música...

Cantava aos finais de semana em bares, shows de calouros como Silvio Santos, Raul Gil, paulo Barbosa na Tv record, Tv Gazeta, entre outros...sofri muito bullying, pois os colegas do trabalho não acreditavam em minha capacidade de cantor, às vezes eu chorava sozinho com aquilo, até de louco me chamavam.

Mas foi nesse meio, lá mesmo no mesmo jornal, onde conheci uma pessoa maravilhosa que sempre acreditou em mim. Seu nome era Jorge Neves. Uma pessoa de extrema confiança e amiga, e com nossa amizade passamos a morar juntos. Com o dinheiro que ganhava pagava o aluguel e comprava roupa para se apresentar em programas de calouros, foi quando conheci o senhor Eurico que tinha na época uma gravadora onde consegui gravar o meu primeiro disco em vinil.

A dificuldade era grande para divulgar meu trabalho, muitas vezes chegava a deixar vinte discos nas lojas durante trinta dias para serem vendidos em consignação, mas sempre quando voltava os mesmo vinte discos continuavam nas prateleiras. Mesmo ficando muito triste, não desistia de meu sonho.

Lembro da minha primeira entrevista, dada para a locutora Cidinha Araújo da Rádio Boa Nova de Guarulhos, e a segunda foi no programa do Samuel Gonçalves na Rádio Globo AM em São Paulo.

Em 1994 larguei o emprego do jornal O Estado de São Paulo para seguir a carreira de cantor profissional. Foi a época que mais passei apuros. Decidi então cantar em dueto com Felipe Braga, nos apresentando em ruas e praças como a Praça do Correio, Vale do Anhangabaú, na região central de São Paulo, entre outras.

No auge da fita K7, conheci o empresário Antônio, na Estação de trem Guaianazes, e aceitei a proposta de gravarmos músicas de Amado Batista em ritmo de forró. Tamanha era a semelhança na voz que o povo pensava que era o próprio Amado Batista que estava cantando em ritmo de forró.

Por três vezes fui barrado pelos guardas da Estação de trem Guaianazes, afirmando que estávamos “fazendo barulho”. Depois disso, Felipe Braga e eu, fomos ter com o presidente da CPTM, onde conseguimos autorização para continuarmos nosso trabalho naquela local.

Nesse tempo, como minhas fitas K7 já circulavam por quase todo Brasil, começamos a viajar pelos estados do Piauí e Bahia.

m seguida passei a trabalhar com a gravadora Disco de Ouro, onde pela primeira vez contemplei a alegria do grande sucesso de vendas. Logo no primeiro disco gravado chegamos a vender quase um milhão de cópias, e os cincos discos seguintes chegaram a ainda impressionante marca de quinhentos mil cópias cada.

Com a cabeça focada somente no grande sucesso, não percebi o quanto estava sendo enganado pelas gravadoras. Foi então que a gravadora CD CENTER comprou todos os tapes da Disco de Ouro, e onde assinei um contrato de três anos chegando a gravar dois CDs por ano.

Após o vencimento do contrato com a CD CENTER, fui contrato pela gravadora GEMA onde gravei um CD e um DVD. O sucesso só crescia, as vendas sempre iam muito bem, e a gravadora SKY BLUE, interessada nesses números, me convidou para gravar dois discos, um de forró e um brega. Depois assinei com a gravadora FM CD’s e gravamos mais dois discos, os volumes 24 e 25 da minha carreira.

Hoje, com vinte e dois anos de carreira, com trinta e cinco discos gravados e cinco DVD’s, com a média de trinta shows ao mês, tenho somente que agradecer primeiramente a Deus, aos meus fãs de todo Brasil e aos amigos que me deram a maior força, a minha família, aos radialistas, aos lojistas, ao Fã Clube Nunca Deixe de Amar e a todos os outros fãs clube do Brasil.

Essa é a história de um grande sonhador que ainda continua sonhando!

Saúde, Paz e Amor a todos.
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