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Argentina: Cristina, Massa e extrema-direita vencem as eleições

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George Giles

Buenos Ayres, Argentina. Talvez escrever a história no domingo, 27 de outubro, a Frente para a Vitória venceu nas urnas a nível nacional e, em seguida, perdeu no Clarin e seus repetidores (A Rede Globo é uma destas repetidoras, grifo da Aldeia).

O incompreensível, ou ambos, é ouvir analistas distintos repetir o mesmo roteiro do convencido grupo de monopólio.

Cristina Kirchner
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Onde se sustenta a falsa alegação de que os seguidores de Cristina Kirchner perdeu a eleição para a oposição?

Matemática é um e aplica-se tanto no poder e da oposição. Para colocá-lo de outra forma: a matemática não é afiliado com um partido ou outro.

Vamos aos números, então.

Para renovar as duas casas do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados e do Senado, escusado será dizer que o único valor válido para saber quem ganhou e quem não, é o placar indicando os assentos conquistados.

Somente após esta conta global com os resultados locais e a potencial importância no cenário nacional. E isso é parte de sua subjetividade política, e não a objetividade analítica.

Na Câmara dos Deputados sobre a Frente para a Vitória de Cristina ganhou 48 assentos, que, somados aos 84 que continuam seus mandatos, que irá completar 132 de 10 de dezembro.

É o resultado de ter obtido 7.487.839 votos, ou seja, a 33,15%.

Segue-se o bloco UCR e aliados, com 31 lugares conquistados que, adicionado ao anterior 23, totalizando 54 no total. São 4.829.679 votos, ou a 21,38%.

Depois, em terceiro lugar está o Renovador com 16 lugares conquistados e que tinha 3, adicione o 19 com que apresentam agora. Eles 3.847.716 votos com 17,03%.

Em seguida, vêm os bancos pertencentes ao PRO e aliados que eram 5 e agora são mais 13, que adicionados dá 18 em dezembro. Eles 2.033.459, ou seja, 9,00% dos votos expressos.

Como aprendemos na escola, 132 é mais do que 54 e 19 e 18.

Senadores ocorre em uma porcentagem similar, mas como não queremos cansá-lo com mais números, basta dizer que, enquanto a Frente para a Vitória ganhou 11 assentos, o outro partido ganhou entre 1 e 2 cada.

Não é uma operação de desgaste do projeto nacional no governo de Cristina entrou em seu mais miserável e cínica. E isso deve ser dito, nos termos mais fortes para ser compreendido. Daí a falsa interpretação que tenta criar um clima de derrota entre os vitoriosos e de vitória entre os derrotados.

É um erro cometido. É uma operação política contra o governo. Como nos tempos de Bartolomé Mitre e os Unitários, olhar para país apenas a partir de Buenos Aires.

Acalme-se, senhores. Há projeto nacional e popular por um longo tempo.

Nota do editor da Aldeia: George Giles é peronista assumido. A sua matemática está certa. Na verdade, quem perdeu de fato foi a Unuão Cívica Radical, os tucanos de lá que agora deixaram de ser a grande e única força de oposição. A extrema direita de oposição conquistou um pouco mais do dobro das vagas que tinha. E disparado, quem mais cresceu foi o partido do Eduardo Campos de lá, sextuplicou o número de cadeiras. Porém, é claro, a grande vencedora foi de fato a presidenta Cristina Kirchner.
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