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Deputados debatem Programa Mais Médicos com entidades na quarta-feira

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Rede Brasil Atual

São Paulo, SP – Está previsto para próxima quarta-feira (4), às 10 horas, o debate por comissão geral do programa Mais Médicos no Plenário da Câmara dos Deputados, evento inicialmente marcado para o dia 28 de agosto, mas adiado por acordo entre os partidos.

A comissão geral é uma sessão plenária da Câmara que prevê, por exemplo, a participação de entidades da sociedade civil juntamente com deputados para debater questões relevantes. Entidades médicas contrárias ao programa federal também deverão participar da plenária do dia 4 para discutir com os deputados a Medida Provisória 621/13 – a MP do Mais Médicos.

O ponto mais polêmico envolvendo o programa foi o acordo entre o Brasil, a Organização Panamericana de Saúde (Opas) e Cuba, permitindo a entrada de mais de 2 mil médicos cubanos no Brasil até o fim do ano. Os cerca de 400 primeiros já chegaram.

A MP do Mais Médicos prevê a concessão de bolsa ao médico participante, ao médico responsável pela supervisão profissional do participante e ao professor médico a quem caberá a orientação acadêmica. O valor da bolsa para o médico deve ser de R$ 10 mil.

Resistência
No dia 26 grupos que se opõem à vinda dos médicos estrangeiros, em Fortaleza, formaram um “corredor polonês” e hostilizaram os cubanos, que haviam participado da primeira aula do curso de preparação para participar do programa, com gritos de "escravos" e "voltem pra senzala". Representantes do Ministério da Saúde, que acompanhavam os médicos cubanos, chegaram a ser agredidos fisicamente. Associações de classe, como o Conselho Federal de Medicina, têm se manifestado contra a vinda dos médicos de outros países.

Na quinta-feira (29), a presidenta Dilma Rousseff rebateu as críticas ao programa. “É visível, há uma reclamação do povo. E o governo que não escuta a reclamação do povo não é um bom governo”, disse, em Campinas, interior de São Paulo.

Dilma lembrou que o número de médicos nos Estados Unidos que são oriundos do exterior é de 25%. Na Inglaterra, o índice é ainda maior, de 37%. Na Austrália são 22%. No Canadá, 17%. No Brasil, apenas 1,7% dos médicos vêm de fora do país.
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