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Educadores discutem greve em Conferência

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Kalyne Cunha

Imperatriz, MA - Na manhã dessa segunda-feira (29) membros do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) e professores se fizeram presentes na abertura da Conferência Intermunicipal de Educação, realizada no Auditório do Centro de Formação de Professores no Centro da cidade. O fórum que tem como um de seus deveres deliberar e acompanhar as políticas públicas para a educação nos âmbitos estaduais e municipais serviu de palco para as reivindicações da classe, sobretudo o Estatuto do Educador.

André Santos, coordenador geral do Sinproesemma, e o vereador Carlos Hermes, vice presidente estadual do sindicato, que faziam parte da mesa diretora da solenidade de abertura, pautaram a greve dos professores do estado e do município aos representantes do poder público e trabalhadores da educação presentes. Sobre a greve da rede de ensino estadual, iniciada dia 23 desse mês (abril), o coordenador geral até aponta que “é inegável que a Conferência é um espaço de discussão democrática, mas encontramos dificuldade com o Governo na hora de implementar as propostas discutidas”. André questionou ainda a posição do Governo Estadual em querer extinguir direitos já conquistados, como a redução da carga horária em 50% de professores com 50 anos de idade, que já tenham 20 anos de sala de aula. Citou também o piso salarial “aprovado há cinco anos e ainda se precisa fazer greve para recebê-lo! Servidor valorizado é servidor motivado”. Outro ponto tocado por ele foi a questão da segurança nas escolas, onde os vigilantes já estão há mais de 5 meses sem receber salário e por esse motivo entraram em greve.

Ao prefeito da cidade, Sebastião Madeira, André falou sobre a importância da “construção democrática de um diálogo com os professores”, se referindo a greve dos educadores municipais liderada pelos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino Público de Imperatriz (Steei).

Em favor do Sinproesemma, Carlos Hermes destacou a importância do diálogo coletivo a respeito das questões sobre a educação de Imperatriz e deixou bem claro que, “os servidores estaduais não voltarão às aulas enquanto não reconhecerem que os professores com 50 anos de idade precisam de mais condições e repouso para trabalhar”. Sobre o fim da paralisação dos professores do estado, Hermes deu uma solução simples, “vamos acabar com a greve! Não retirem os direitos do trabalhador!”.

Membros da educação do Estado e do município ao se pronunciarem ouviam a manifestação dos trabalhadores que cobravam seus direitos. O secretário de Estado de Educação, Pedro Fernandes, em seu discurso sobre o evento, abriu um parêntese e se dispôs a uma reunião no término da solenidade de abertura com a classe educadora. Em uma sala reservada, membros do Sinproesemma e o secretário de Estado discutiram questões pertinentes ao Estatuto do Educador. O secretário propôs a categoria que “se o estatuto for para assembleia, os professores suspendam a greve”. O mesmo pedido aconteceu em 2011 e Governo e Sindicato entraram em um acordo e suspenderam a greve, mas o Estado não cumpriu com o prometido. Mediante a isso, os professores e o Sinproesemma deixaram claro que se o Estatuto não for para assembleia e não for votado e assinado, permanecerão em greve até que isso aconteça.
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