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Quantos Adam Lanza ainda surgirão? Questiona Robert Lobato

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Robert Lobato

Um jovem inteligente, filho de um alto executivo da gigante General Electric com uma professora bem sucedida e mãe dedica, pega três armas e protagoniza uma das piores tragédias recentes dos Estados Unidos.

Adam Lanza é vilão ou vítima? É vítima ou vilão? É produto de um casamento que não deu certo entre os seus pais ou produto da ganância de uma indústria que é quase divina nos Estados Unidos, a indústria de armas?

Adam Lanza criança: vítima ou vilão?
Qualquer pessoa, mesmo jovem, pode comprar armas na “América” em nome do suprema liberdade de mercado e o engodo do direito de legítima defesa. Possuir um ou mais revólveres faz parte do conceito de “sonho americano”

Ao que parece, os Estados Unidos é uma sociedade tão armada quanto um Iraque ou um Afeganistão, só que lá no Oriente Médio há guerras declaradas, diferentemente do país de Barack Obama, que vive dentro da mais “perfeita” democracia do mundo.

Adam Lanza não foi o primeiro e, infelizmente, não será o último. Sempre haverá um jovem americano (rico) disposto a tirar vidas inocentes por conta de um surto psicótico causado pelo surto de lucro do mercado estadunidense de armas e balas.

O presidente Obama diz-se abalado e profundamente chocado com o trágico episódio de Newtown, em Connecticut. Mas, nenhuma palavra sobre o endurecimento em relação às regras para a compra de armas no seu país, que, ironicamente possui um Ministério da Defesa não para se defender, mas para atacar e invadir outras nações pelo mundo inteiro.

Pobre crianças que morreram por causa da fúria silenciosa de Adam Lanza.

Pobre Adam Lanza que matou e morreu pela fúria barulhenta do lucro das armas.

Pobre sociedade americana escravizada pela indústria armamentista.

Maldito Estado americano, que consegue ver terrorismos pelos quatro cantos do mundo, mas é incapaz de identificar os “terroristas” sociais dentro do próprio território.

Quantos Adam Lanza ainda surgirão?
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