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Campus Party: das redes sociais para as ruas e yes, nós também temos a nossa musa...

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Amanda Miranda, NE10

Campus Party neste domingo tem um foco especial no engajamento online e no poder que a rede tem para provocar transformações sociais. Três movimentos sociais que conseguiram espaço na política apresentaram as suas iniciativas no palco Michelangelo da CPRecife, neste domingo. Mesmo defendendo grupos diferentes, Direitos urbanos, Contravento e Central Única das Favelas (Cufa) concordam sobre o poder da mobilização através da internet.

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Mas como conseguir suspender grandes obras em uma cidade através do Facebook? Para Fernando Fontanella, do grupo Direitos Urbanos, a questão não está em chegar a todas as soluções ainda na frente do computador. “Existe a necessidade de materializar os protestos. A articulação é pelas redes, mas exige a presença física. A ocupação é importante para fazer pressão e forçar a discussão. Ninguém acredita quando ainda está só na internet”, defende. O movimento já realizou as manifestações que ocuparam o Cais José Estelita, no Centro do Recife, para mostrar-se contra o Projeto Novo Recife, que prevê a construção de torres na área dos antigos galpões. O próximo “ocupe” é na Agamenon Magalhães, também no Centro, no próximo dia 11, em oposição à implantação de viadutos na avenida.

Esses protestos não lutam por uma solução já planejada. O Direitos Urbanos não tem um plano especifico para a área do Cais, atualmente abandonada; quer sim, propor a discussão do assunto. “O importante não é unificar, é trazer as pessoas para o debate”, afirma Fontanella.

A argumentação, no entanto, exige conhecimento. Para Bruno Firmino, do Contravento, que produziu filmes como o “Novo Recife Velho”, a informação gera conscientização e luta. Por isso, o objetivo dos três grupos é atingir as pessoas. “Se você não participa, os políticos usam essa apatia para tomar decisões no se lugar”, diz ele, que acredita que a política partidária afasta os movimentos.

Um grande problema do Direitos Urbanos é chegar até a população carente que não tem acesso à internet. “Surgiu como um movimento de classe média, com o desafio de atingir as comunidades. Acreditava que as lideranças poderiam ajudar a transmitir a linguagem, mas a maioria delas está ligada a organizações políticas e nos rejeita. Inicialmente, estamos agindo para interromper as obras e, paralelamente, tentando entrar nas escolas e produzir vídeos, por exemplo. O acesso à comunidade será a longo prazo” diz Fontanella.

Nota do Blogueiro: O Campus Party em Recife-PE tem também a sua musa. Trata-se de Isabel Pesce Mattos, de 24 anos. Bel Pesce, mesmo para quem não é íntimo!. Clique nas imagens abaixo e conheça mais sobre "a menina do vale". 

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