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Mulheres são vítimas de estrangulamento no Pará, dois casos somente esta semana, em Belém e Redenção

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Foram enterrados nesta terça-feira (20), em Redenção, os corpos de Gisele Soares Rosa, de 18 anos, e de sua filha de apenas um ano e meio de vida, vítimas de um crime bárbaro ocorrido na madrugada de segunda-feira (19), no distrito de Casa de Tábua, às margens da rodovia BR-158, município de Santa Maria das Barreiras, a 150 quilômetros de Redenção, no extremo sul do Pará. O crime chocou a população local e de cidades vizinhas.

Gisele de 18 e Maria Elisa e de um ano e meio, estranguladas no Pará
A cerimônia de sepultamento ocorreu separada. O momento foi marcado por dor e revolta de quem participou por não entender a brutalidade do trabalhador rural Raílson Silva de Oliveira, 22 anos, que morava com Gisele e a filinha dela. Ele usou uma faca de açougue para cometer os crimes. Sem misericórdia, cortou as gargantas de mãe e da filha e depois se matou com golpe na própria garganta.

Segundo o comandante do Destacamento da Polícia Militar de Casa de Tábua, sargento Ivaldo Parente, Raílson não aceitou a separação e matou as duas. A menina, que se chamava Maria Elisa, era filha apenas de Gisele.

De acordo com o comandante do Destacamento da Polícia Militar de Casa de Tábua, sargento Ivaldo Parente, “o homem havia comentando com um primo há um mês que iria matar a esposa e a filhinha dela. Gisele não queria mais viver com Raílson e esse teria sido o motivo do crime”.

Carta
Uma carta escrita por Gisele foi encontrada na residência do casal. Nela, Gisele dizia que não suportava mais viver com Raílson devido às constantes ameaças motivadas pelo ciúme doentio que tinha por ela.

Outra mulher estrangulada
Um crime com indício de crueldade e rodeado de mistérios assustou os moradores da Passagem Ailton Rosado, no bairro da Marambaia, em Belém-PA. No início da manhã de ontem, uma mulher, não identificada, foi encontrada morta, de bruços, com uma corda no pescoço, apresentando sinais de estrangulamento e alguns hematomas pelo corpo.

A vítima, que estava apenas de vestido, mas sem a roupa íntima, foi achada por moradores que acionaram imediatamente o Centro Integrado de Operação (Ciop) da polícia.

“Chegamos ao local assim que fomos avisados sobre o caso. As marcas que a vítima apresenta pelo corpo e o fato de estar sem a calcinha indicam sinais de violência sexual, mas só a perícia pode comprovar essa informação”, afirmou o cabo PM T. Silva, da viatura 9128, da 5ª Zpol, um dos primeiros a chegar ao local.

De acordo com testemunhas, o crime ocorreu por volta das 4h. “Ouvimos gritos de uma mulher e acordamos assustados com a situação. No momento ninguém quis sair de casa para saber o que estava acontecendo porque a área aqui é muito perigosa e já estávamos imaginando o pior. Foi a partir daí, que resolvemos ligar para a polícia. A falta de iluminação e o ambiente isolado dessa rua, foram determinantes para a realização desse crime”, afirmou uma moradora do local, que preferiu o anonimato.

Peritos do IML estiveram na área para fazer a remoção do corpo. De acordo com eles, a hipótese de violência sexual é a mais provável, mas ainda é cedo para fazer qualquer afirmação. “A priori, a única coisa que detectamos é que ela foi morta por estrangulamento provocado pela corda que estava envolta do pescoço. A força que foi exercida sobre o pescoço da vítima foi tanta que ela acabou expelido liquido e fezes no momento da pressão”, declarou um perito.

Policiais da Divisão de Homicidios, comandados pela delegada Silvia Mara, também estiveram no local para fazer os primeiros levantamentos do crime. Segundo ela, a falta de informação dificulta o trabalho dos investigadores, mas não impede o trabalho da polícia.

“Vamos fazer todos os procedimentos para se chegar aos criminosos e ao que motivou esse homicídio”, declarou. O caso foi registrado na seccional urbana da Marambaia.

Fonte: Diário do Pará

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