Publicidade
por Altamiro Borges“Por um novo marco regulatório para as comunicações: o PT convida ao debate”. Com este slogan, o partido da presidenta Dilma Rousseff realizou nesta sexta-feira (25) um importante seminário, que reuniu dirigentes partidários, parlamentares, lideranças das entidades que historicamente lutam pela democratização da mídia, blogueiros e ativistas dos movimentos sociais.
O evento teve enorme significado. Ele representa um fato novo, um marco, na luta pela regulação do setor em nosso país. O maior partido da base de sustentação do atual governo sinaliza que está disposto a enfrentar esta batalha de caráter estratégico, que atemoriza tanta gente envolta no pragmatismo exacerbado. Aqui vale um elogio à coragem do presidente nacional do PT, o jornalista Rui Falcão.
Os consensos já construídos
O seminário confirmou que já há vários consensos entre os atores inseridos nesta batalha tão complexa. Todos concordam que a democratização da comunicação é vital para o avanço da democracia e para a viabilização das reformas estruturais. Sem enfrentar a ditadura midiática, altamente monopolizada e perigosamente manipuladora, o Brasil não superará as suas dívidas históricas.
Ex-ministro Franklim Martins, ontem, no Seminário sobre marco regulatório para a comunicação no Brasil: é preciso regulamentar a constituição de 88 |
Ausência sentida de Paulo Bernardo
Afora estes pontos de convergência, há dúvidas sobre duas questões essenciais. A primeira se refere à postura do governo Dilma diante deste tema nevrálgico. O seminário do PT confirmou estas diferenças. Alguns preferem, por motivos óbvios, não criticar os atuais ocupantes do Palácio do Planalto. Alegam que a correlação de forças ainda é desfavorável e que o governo tem o seu “timing”.
Outros, porém, criticam a postura defensiva do governo Dilma, que continua de “namorico” com a mídia, sendo pautado por ela, e que até hoje mantém engavetado o projeto sobre regulação da mídia elaborado no final da gestão Lula. Prova desta cedência foi a sentida ausência do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo – previsto no programa, mas que alegou outros compromissos oficiais.
Campanha de rua pela regulação
Outro ponto que ainda merece maior reflexão é sobre a oportunidade de se iniciar uma campanha nacional pela democratização das comunicações, que tenha como meta promover massivas e unitárias mobilizações de rua. Há consenso de que não basta mais ficar no diagnóstico dos graves problemas no setor. De que é preciso intensificar a pressão. A dúvida é sobre a força das ruas!
Vários movimentos sociais e ativistas digitais avaliam que a hora é agora. Que é urgente intensificar a mobilização pela liberdade de expressão e o direito à comunicação. No fechamento do evento, mais uma vez o presidente do PT deu alento à necessidade e oportunidade desta campanha nacional. Esta batalha estratégica ganhou novo impulso com o seminário do partido da presidenta Dilma.
Fonte: Blog do Miro
Comente aqui