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Isto não está, ou está, acontecendo?

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por Renato Dionísio

Ouço representantes do poder legislativo discutirem a exaustão a metropolização da ilha de são Luis, que abriga nossa capital e os municípios de Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar. A bem da verdade, não conheço, é possível que exista, nenhuma medida prática, no sentido da efetiva implantação desta forma de administrar municípios limítrofes, tão bem executada, e de significativos resultados, nas grandes metrópoles.

A nosso juízo, se implantada, resolveria as dúvidas sobre os limites e a quem caberia oferecer as obras e os serviços reclamados. No último domingo, quando me dirigia para a Raposa, pela MA-203 partindo do Olho D’Água, pude perceber como aquela região concentra um altíssimo nível de crescimento; inúmeras são as construções ali se instalando. Pensava comigo! Tamanho desenvolvimento já reclama a duplicação daquela artéria e uma melhor sinalização.

Enquanto me preocupava com estes aspectos, meus olhos, quase por encanto se dirigiam para o condomínio de lotes urbanizados denominado de Alphaville. Resolvi parar. Tão logo estacionei, impossível ficou não notar o volume de terras reviradas em frente a este empreendimento. De pronto perguntei ao vigilante se o Governo do Estado estava construindo ali uma rotatória para melhorar o trânsito.

Decepcionada me sentir, ao ser informada que não era obra do Governo. Como não, Perguntei? Claro este entroncamento rodoviário não pode ter outra destinação, que não seja permitir a ligação dos quatros municípios da ilha. Afirmei! Depois de balançar de um lado para o outro a cabeça, como se estivesse me socorrendo, o gentil senhor em voz pausada, como se fosse uma confidência, foi dizendo. Dona, agora apareceu um dono desta área, é ele quem está mandando cercá-la.

De tanto ouvir falar em grilagem de terras no interior do Estado, aos pulos, esta palavra com todos os estigmas nela contidos me tomou de assalto e me consumiu por todo o longo dia, mesmo que as belezas da cidade teimassem em diminui seus efeitos. Como pode alguém ser, ou pelo menos se pretender, dono da rua. Da praça. Este entroncamento é literalmente no meio das BR’s, que vão da Maioba para a Raposa MA.204 e do Olho D’água para a Raposa MA.203.

Confesso que, embora não tenha nenhum interesse direto, me senti lesada, ofendida e burlada. Não é possível que em nossa terra prospere, quase sempre, o estigma de que o mais “esperto” sempre leva a melhor. Sinceramente dói, e dói profundamente, em quem teimosamente luta e torce a favor da moralidade e da decência, assistir impotente o esbulho e a roubalheira se implantando sem ter forças para resistir.

Não tendo como conter a causa, grito, grito, desesperada grito por socorro do Estado representada por nossa governadora. Brado para que o poder judiciário de nós se compadeça. Reclamo a solidariedade dos representantes eleitos pelo povo. Tudo faço para que este meu alarido encontre eco nos ouvidos moucos ou insensíveis daqueles que tem o poder e a obrigação de impedir ou conter tamanha ignóbia. Por favor, alguém se habilite.

Nota do Blogueiro: O autor é ex-vereador de São Luís e membro da Executiva Estadual do PDT.
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