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por Francisco Ribeiro Santos A tranquila Babaçulândia, localizada às margens do rio Tocantins no Estado do Tocantins, teve a rotina e a tranqüilidade quebradas com a construção da Usina Hidrelétrica de Estreito e o enchimento do lago. A História da cidade se divide em dois momentos, antes e pós Hidrelétrica, e população sofre as mudanças impostas pelo “progresso”.
Quem chega agora observa que as mudanças são visíveis, aparentemente muitas coisas mudaram, novas casas e loteamentos, mas quando olha para o lado esquerdo de quem está chegando é que se tem a dimensão dos impactos ambientais e psicológicos que a cidade sofreu com o enchimento do Lago.
Reservatório da UHE de Estreito invadindo Babaçulândia |
Um fato curioso é a enorme montanha de areia na margem do lago, onde será construída a praia artificial, em substituição a natural que foi destruída, colocada pelos órgãos de governo e pela empresa construtora da hidrelétrica do Estreito.
Areia para a construção da praia artificial |
O morador Ronaldo Araujo, com quem eu conveser demoradamente, disse que não aceitou o pequeno valor oferecido pelo CESTE e luta há 3 anos na justiça para receber a indenização, disse que está revoltado “ nasci e me criei aqui indo para a praia, mas o Lago acabou a praia e turismo na cidade” e ainda contou que os animais tem que mudar do habitat natural “ agora a pouco pegaram um veado dentro da água”.
Lago em frente a Babaçulândia |
Muitas pessoas construíram casas e compraram veículos com as indenizações, mas foi retirada deles a fonte de renda. Pergunto: quando o dinheiro acabar, como eles vão sobreviver, pois perderam a fonte de renda?
Fonte: Repórter Cidadão - Hiroshi Bogéa
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