-->

Saúde e Educação de Imperatriz-MA entram em greve na próxima semana

Publicidade
Imagem: Reprodução

Uma semana após a Câmara Municipal aprovar Projeto de Lei do Executivo fixando reajuste salarial em percentuais não admitidos pelos sindicatos que congregam funcionários da saúde e da educação, servidores municipais de várias categorias preparam manifestação para chamar a atenção também contra a falta de condições de trabalho e a má qualidade dos serviços colocados à disposição da comunidade.

Na última sexta-feira (27) o Sindicato dos Trabalhadores em Serviço de Saúde da Região Tocantina (Sindsaúde) e o Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde reuniram-se em assembléia para discutir a situação das categorias junto ao Município.

A decisão foi deflagrar greve de advertência nos próximos dias em virtude do não cumprimento pela gestão pública de uma séria de reivindicações dos trabalhadores, em especial, de acordo com o sindicato, pela omissão da prefeitura nas negociações. Segundo o Sindsaúde, dia 29 de abril a Prefeitura de Imperatriz elaborou um projeto de reajuste salarial fixado em 8%, mais R$ 10,00 de vale-alimentação, proposta encaminhada em silêncio e aprovada pela Câmara Municipal.

A secretária geral do Sindsaude, Francineide Pereira, diz que desde abril os sindicatos de trabalhadores sustentam a situação: “uma minuta com 14 cláusulas de reivindicações foi encaminhada. Esse projeto de lei foi proposto pela prefeitura e entregue diretamente à Câmara, sem ao menos ter sentado com nenhum dos sindicatos de Imperatriz”.

Essa negociação unilateral é penas um dos motivos. As gratificações atrasadas então no rol de reclamações, como também as péssimas condições de trabalho alegadas pelos servidores. “Lá no Socorrão, por exemplo, não temos nem luva para trabalhar essa semana, muito menos medicações básicas, como insulina. Não temos como trabalhar eficientemente sem as condições necessárias, não dá para fazer um simples curativo sem o material para isso,” diz Francineide.

Para pagar os cinco meses de gratificações em atraso, a Secretária de Saúde fez em abril um acordo administrativo com os sindicatos. Um calendário de pagamento foi elaborado para, todos os dias três de cada mês, a prefeitura pagar uma parcela atrasada somada à parcela atual. Com exceção do primeiro de abril, acordo não cumprido. Diante de tudo isso e, com a greve agendada para as próximas semanas, como fica a situação da saúde, inclusive os postos de saúde, que não são de urgência e emergência, pergunta o repórter.

“Na nossa condição de greve, todos os postos de saúde fecharão. Já o Socorrão funcionará com 30% da capacidade total de funcionários, mas tudo está dentro da legalidade. Temos direito de fazer a greve mesmo com o a proposta aprovada pela Câmara, já que a gestão pública está descumprindo vários deveres, principalmente a lei do PPPS (Planos de Cargo, Carreiras e Salários). Desde 1998 não foi cumprida uma cláusula da Lei”, responde a secretária.

Nos dias 7, 8 e 9 de junho os sindicatos de trabalhadores Imperatriz sairão em passeata numa manifestação contra o não cumprimento das clausulas e pela insuficiente negociação por parte da prefeitura. “Queremos que Imperatriz saiba que os trabalhadores da saúde, educação e administração estão sendo maltratados. Não concordamos com a má gestão do momento. As dificuldades que o Município tem não são por falta de financiamento, nem de bons profissionais, mas sim por falta de uma gestão capacitada. Decidimos por greve”, sentencia a dirigente sindical.

Fonte: Correio Popular
Advertisemen