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Caso Tamires: Comissão de Direitos Humanos da AL decide ir à Porto Franco-MA

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Foto: Blog do Robert Lobato
Deputados estaduais ouvem mãe de Tamires
Deu no Blog do Robert Lobato

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, reunida nesta tarde, decidiu ir à cidade de Porto Franco para acompanhar o inquérito sobre a morte da jovem Tamires Pereira Vargas, 19, ocorrida no dia 08 de março.

Além de Porto Franco, a comissão desembarcará nas cidades de Campestre-MA, local onde a jovem residia e foi presa, e também em Imperatriz para ter acesso às informações no Instituto Médico Legal.

Numa sessão tranquila e sem maiores detalhes sobre o caso, os deputados ouviram o depoimento de Josefa da Silva Vargas, mãe de Tamires, que encontrava-se visivelmente cansada e ainda abalada pela tragédia que tirou a vida da sua filha.

No seu depoimento, D. Josefa negou que a Tamires fosse usuária de drogas e que tinha hábitos que podessem depor contra a sua honra, afastando, assim, especulações de que a jovem Tamires estaria drogada quando foi presa.

Contudo, foi o depoimento de uma amiga de Tamires conhecida como Janifer, que causou mais indignação aos presentes na sala da Comissão de Direitos Humanos.

Janifer afirmou que a amiga foi presa de forma arbitrária pelos quatro policiais militares, que não deram qualquer chance de desefa ou argumentação à Tamires, que ela foi colocada na parte traseira da viatura policial como se fosse um “objeto qualquer”. Segundo a depoente, os policias disseram que se ela quisesse falar com a amiga teria que ser através das frestas da viatura, mas não foi possível falar com a vítima porque a mesma “gemia de dor e chorava muito”.

Após ouvir a mãe e amiga de Tamires, o deputado Marcelo Tavares voltou a defender a instauração de CPI para investigar o sistema carcerário do Maranhão, afirmando que “os poderes da comissão é limitado diante da necessidade de ir a fundo nos problemas que afetam a segurança nos presídios no Maranhão”.

Já o deputado Bira do Pindaré, afirmou que o caso envolvendo Tamires Vagas tem “fortes indícios de tortura, por isso uma CPI se faz necessário, até para que o governo afaste aos maus agentes públicos do sistema e faça correções de rumo”.

A presidente da comissão, deputado Eliziane Gama, por sua vez, disse às depoentes que o se as mesmas sentirem-se ameaçadas ou sofrerem algum tipo de ameaça que “poderão ser incluídas no programa de proteção às testemunhas”.

Fonte: Blog do Robert Lobato

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