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Com escalada dos conflitos, Al-Jazeera é banida do Egito

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por Roberto Saraiva

A rede de televisão árabe Al-Jazeera, do Qatar, foi proibida de operar no Egito, neste domingo. A proibição veio do ministro da Informação egípcio, Anas El Feki, após uma extensa cobertura da emissora sobre os protestos contra o regime do presidente Hosni Mubarak, no poder há 30 anos. A decisão foi anunciada pela agência oficial Mena.

A TV classificou o banimento como uma tentativa de “silenciar o povo egípcio”. O governo do país já restringiu o acesso à internet e telefonia após o aumento da violência, que começou na terça-feira, 25 de janeiro.

Não há dados oficiais sobre o número de mortos, mas agências internacionais de notícias estimam algo em torno de 100 óbitos. Entidades de Direitos Humanos querem acesso aos corpos, muitos supostamente mutilados. O governo diz que as vítimas estavam tentando saquear lojas e precisaram ser contidas.

O Egito estabeleceu um toque de recolher para sábado e domingo, mas a restrição foi desobedecida por manifestantes. Há também registros de roubos e tumultos em subúrbios da capital Cairo.

Os protestos
O protesto está inspirado na "Revolução dos Jasmins", um levantamento popular que derrubou neste mês o presidente tunisiano Ben Ali, no poder havia 23 anos, e gerou uma onda de contestação em todo o mundo árabe.

Fonte: E-Band
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