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Dois grupos políticos combatem a mais famosa oligarquia maranhense, o mais longevo governo de uns poucos.
O primeiro grupo é formado pela aristocracia, ou seja, aqueles que se acham os melhores para governar o Estado, mais capacitados, mais preparados, e por isso mesmo, ungidos com a função de indicar como o povo deve proceder para ser melhor governado.
O segundo grupo são os democratas, isto é, aqueles que pretendem ser espelhos, fiéis representantes da vontade popular. Assim, estes podem até raciocinar diferente da maioria; porém, estão prontos para seguir de acordo com os justos anseios do povo.
Na conjuntura política maranhense, democratas estão num pólo e a oligarquia, noutro. Os aristocratas ficam no meio, oscilando entre um e outro. Essa formação é dialética em vez de cartesiana. Por vezes, oligarcas fazem o jogo dos democratas ou dos aristocratas e assim, sucessivamente.
A militância democrática, vez em quando, num lapso de esquerdismo, costuma agredir os aristocratas que estão na trincheira da oposição à oligarquia. É preciso entender que, tal como no boxe, faz-se necessário absorver golpes e colocar água na fervura do fogo amigo. Essa é a obrigação dos democratas.
Aos aristocratas, que se consideram os melhores e estão acima desta “plebe” chamada povo, é natural que queiram, por vezes, atirar na oligarquia e nos democratas, considerando que eles consideram seus “projéteis”, infalíveis. Aos democratas, este erro não é permitido!
Na apuração do segundo turno da eleição estadual deste ano, dois democratas de primeira hora estavam a postos. Jackson Lago, democrata do PDT, ligou para Flávio Dino, na mesma noite da apuração, para assegurar a unidade da oposição democrata no segundo turno. Apesar do “beicinho” de parte dos aristocratas!
Portanto, cabe à vanguarda, aos democratas, as maiores tarefas da oposição. Temos de segurar a "Liberdade" com nossas próprias mãos, mas diferente de Atlas, com a alegria de quem observa mudanças em nosso estado.
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