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Na bolsa de uma mulher inteligente há prazeres
no lugar de preocupações, há felicidade no lugar
da vida cinza cheia, há espaço para curtir a vida,
família e amigos no meio de tantos compromissos

Gostou? Pois esta é a tradução da publicação, um guia prático de finanças pessoais que mostra a relação do sexo feminino com o dinheiro por meio de casos curiosos e dicas simples para alcançar a felicidade financeira.

Antes de mergulhar na entrevista com Cristiane, veja só o que ela constatou. "A mulher está cada vez mais firmando seu espaço no mercado de trabalho e isto está levando boa parte delas a pensar em seu futuro financeiro, seja para uma viagem próxima, comprar um imóvel ou a própria aposentadoria. Entretanto, esta postura ainda é de uma parcela pequena do público feminino. A maioria ainda está envolvida com saldos devedores, cartões de créditos estourados ou simplesmente não possuem aplicações regulares. O olhar financeiro ainda está míope, mas nada que não possa ser reavaliado e refeito no que diz respeito aos hábitos de consumo".

Segundo a autora, o instinto materno é o principal culpado desta situação! "Brincadeiras a parte, a mulher que tem família geralmente prioriza os gastos com a casa, filhos e marido, muitas vezes deixando suas próprias necessidades de lado. Um pouco por culpa do tempo que o trabalho consome, o que compromete o tempo da convivência familiar. Equilibrar os papéis e os investimentos é o grande desafio. Afinal, investir na família não se resume simplesmente ao dinheiro, mas atenção, presença e carinho".

De maneira geral, porém, ela diz que as mulheres possuem perfis financeiros distintos. "Cada mulher tem suas prioridades na vida e isto deve ser respeitado, inclusive seus prazeres de consumo. Guardar dinheiro é um ótimo negócio, mas não é tão bom se for algo mesquinho a ponto de se privar do presente em prol do futuro. Na vida precisamos de equilíbrio em todos os aspectos e na vida financeira não poderia ser diferente. A maioria das mulheres ainda não costuma fazer investimentos arriscados, são mais conservadoras, guardando dinheiro em poupanças, por exemplo. Há outras excelentes oportunidades, mas depende do perfil de cada uma. Por exemplo: Se você é uma mulher conservadora pode se apavorar ao ver seu dinheiro sendo desvalorizado em uma aplicação de renda variável. Para arriscar um pouquinho mais, o melhor caminho é o conhecimento. Converse com amigos, seu gerente do banco, com consultores financeiros, comigo, mas não acredite cegamente em ninguém, tire suas próprias conclusões e avalie sempre o melhor investimento para você. O conhecimento será o seu melhor aliado".

Quais são os principais erros e acertos financeiros das mulheres?
Cristiane - O principal erro de nós, mulheres, são AS COMPRAS!!! O sapatinho que combina com a calça, a blusinha, o perfume... enfim, quando você se deu conta lá se foi o saldo bancário e você já entrou de cabeça no cheque especial e estourou o limite do cartão de crédito. Entretanto, o pior erro é buscar crédito para pagar dívidas. Acredite, crédito pessoal é bom quando usado para investir em algo, mas nunca para pagar dívidas. O melhor caminho para pagar suas dívidas é negociando diretamente com o credor. Se o cartão está estourado, negocie com o cartão de crédito. Se for o cheque especial, negocie com o banco e fique sem ele. Verá que fez o melhor negócio, afinal o cheque especial é um dinheiro que não é seu e só deve ser usado em emergências. E nestas emergências não estão incluídas a balada ou aquela passadinha rápida ao shopping. Em relação aos acertos, diversas pesquisas constataram que mulheres são mais conservadoras quando o assunto é dinheiro, sabem guardar quando querem e isto é algo bom. Como não há uma ganância de fazer dinheiro em curto prazo, elas correm menos riscos, logo, podem não ganhar muito, mas com certeza perdem muito menos do que os homens na bolsa de valores, por exemplo, e obtém um retorno melhor.


Poderia citar alguns casos de mulheres apresentadas no livro?
Cristiane - Há o caso de uma herdeira de alguns imóveis. Ela acreditou que tinha encontrado seu príncipe encantado. Em nome da confiança e do amor, ele "administrou" os imóveis até que ela ficou sem nenhum e também sem o príncipe. Há o caso de dois irmãos que se deparam com um problema grave de saúde de sua mãe e isto abala não apenas a situação emocional, mas financeira da família. Há o caso de uma atriz brasileira que declarou que o marido "dilapidou seu patrimônio" (mas com o consentimento dela), entre tantos outros. O que procuro demonstrar com estes casos (inclusive meus próprios erros) são as experiências vividas por diversas mulheres nas situações mais inusitadas. Porque não aprender com estas experiências? Daí nasceu o livro.

Por que a senhora se inspirou neste assunto para escrever o livro?
Cristiane - Justamente porque cometi quase todos os erros! Eu misturei amor com dinheiro, comprei mais do que meu saldo bancário permitia, achei que a vida era acumular coisas e mais coisas. Hoje aprendi que a vida é acumular experiências, praticar esporte, ser feliz e dar boas risadas com as pessoas que amo. Não virei uma "riponga", mas agora a vida tem um novo sentido. Não me preocupo mais se não tenho o carro do ano ou se o guarda roupas está sem a nova coleção.
Como é possível para as mulheres alcançarem o sonho da liberdade e sucesso financeiros?

    * Consumistas assumidas investem um salário em um sapato
    * Mulheres penhoram mais joias do que os homens

Cristiane - Aqui cabe um texto de Fernando Veríssimo que eu adoro e que cito no livro, afinal para sair de um algum lugar você precisa dar o primeiro passo. "O que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor. Está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos \'bom dia\' quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz." E se ainda há alguma dúvida do que deve ser feito, recorro a música "Maria, Maria", dizendo que na vida "é preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana sempre!"
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