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Jackson e Madeira: mais do que aliados

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Na presente campanha eleitoral, aqui e ali, na chamada guerra surda, percebe-se críticas ao prefeito Madeira de Imperatriz. A afirmação é que ele estaria fazendo corpo mole à campanha de Jackson Lago (PDT) para o governo do Estado.

A tática é antiga e atende pelo nome de flanquear. Quando um nome, uma fortaleza é inexpugnável, os generais recomendam o flanqueio, os lados, as partes mais vulneráveis do adversário. Mesmo no boxe essa técnica é usada. Na hora que o lutador apenas se esquiva e renuncia a diretos ou cruzados para bater no fígado.

Bastante popular na sua cidade, como o candidato de O Povo é Maior, Madeira é criticado por sua “relativa proximidade com Roseana Sarney”, a campeã de rejeição na segunda maior cidade do Maranhão. Assim, adversários de Jackson e de Madeira divulgam que a proximidade administrativa do prefeito e da governadora, mecanicamente, transforma-se em proximidade política. Em resumo, a crítica administrativa a Madeira é diminuída e o realce vai para o terreno da política.

Em São Luís, os adversários da coligação O Povo é Maior fazem diferente. A crítica administrativa ao prefeito da capital é realçada. Os adversários de Jackson e Castelo os colocam lado a lado para tentarem chamuscar no ex-governador, a atual impopularidade do prefeito. Agora, a ausência de feitos administrativos é “alavancada” em detrimento da posição política.

Os adversários estão corretos. Para combater a sólida aliança entre Madeira e Jackson, somente usando desta tática.

O que estes mesmos adversários não sabem ou fingem não saber, está na condição política do prefeito de Imperatriz. Desde que decidiu disputar eleições, ele faz oposição ao atual grupo que comanda o governo do Estado. O prefeito Madeira continuou na oposição, mesmo quando a aliança nacional dos dois governos do então presidente FHC empurrava para o lado inverso.

Foi sempre assim em seus quatro mandatos de deputado federal. Madeira, atual membro da executiva nacional do PSDB, ex-presidente do Instituto Teotônio Vilela, é amigo pessoal do presidenciável José Serra, ferrenho adversário do atual grupo que comanda o Estado.
Ademais, é especulação de uns incautos e técnica de flanquear dos adversários. Ou como diria Manoel Bandeira: lirismo namorador, político, raquítico, sifilítico e que capitula ao que quer que seja fora.

O prefeito de Imperatriz é muito mais do que aliado temporal do ex-governador. Eles têm projetos comuns para o futuro do Maranhão e do Brasil.
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