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Meu kitesurfe vai partir pro mar... vou velejar

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Evandro Brandão Kitesurfe
Evandro Brandão segura a prancha e instrui aluno para decolar o kitesurfe
Frederico Luiz

São Luís, MA. O título da canção de Dorival Caymmi e desta publicação parece cair bem para os amantes deste esporte. De Tarde em Itapoã, deve-se também pedir licença ao compositor para “um velho calção de banho, o dia para velejar, o mar que não tem tamanho...”.

Há onze anos, o promotor de Justiça Cláudio Guimarães saiu de São Luís e foi se especializar em Direito Penal noutra formosa Ilha, a de Florianópolis em Santa Catarina. Levou o windsurfe na bagagem de ida e na de volta trouxe o kitesurfe. O esporte ganhou força e hoje é um dos mais praticados nas praias da capital do Maranhão.

Evandro BrandãoCláudio Guimarães

Conforme explica o professor de kitesurfe, Evandro Brandão, com dez aulas de uma hora o aluno pode sair sozinho para o mar. Porém, o pioneiro Cláudio Guimarães adverte: “É preciso ter coordenação motora e gostar de praticar esportes, são os requisitos para o sucesso nas aulas”. Na sua casa na Praia do Olho D’Água funciona uma confraria onde cerca de 90 praticantes da modalidades se reúnem e de lá decolam suas belas e gigantes pipas.

Cabelos grandes, sorriso fácil e muita sintonia com o mar. Assim é Evandro Brandão, funcionário da Universidade Federal do Maranhão nas horas vagas. “Quem vê pensa que o primeiro passo é comprar o equipamento, mas está errado, cada kitesurfe deve ser personalizado para seu dono”, ensina.

O curso completo que ele ministra na Praia do Olho D’Água custa R$1 mil. O equipamento varia de R$7 mil até R$12 mil. “Mas, pode-se comprar um usado em bom estado de até R$1,5 mil”, diz.

O Kitesurfe tem numeração que nem o calçado da gente. Varia de 1 a 22 de acordo com o peso do usuário. Sem gordura alguma na barriga, o professor usa o número sete. O blogueiro que assina esta reportagem com seus 90kg teria de usar o número 14.

Os kites mudam ano após ano com inovações tecnológicas que os deixam mais velozes que nem os carros de fórmula 1 ou mesmo os convencionais. Mas, diferente do primeiro carro, o iniciante deve mesmo pedir auxílio na hora de adquirir seu primeiro equipamento, pois pode se decepcionar.

“Todo o equipamento é importado e envolve também o colete e os diversos tipos de pranchas, seja para manobras no estilo livre ou simplesmente para velejar”, explica Cláudio Brandão.

O esporte não para de receber novos adeptos. No sábado, 5, quando eu e o blogueiro Ricardo Santos visitamos o bunker deles, Fábio Santos estava na sétima aula e entusiasmado. “É legar ver esse mar lindo e sair por ele”, dizia enquanto recebia as últimas instruções de decolagem.
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