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PSDB e José Serra estão no centro de mais dois escândalos

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Redação

O presidenciável tucano José Serra está envolvido em dois escândalos recentes. Dois de seus afilhados políticos estão nas manchetes do País.

Este é o modo José Serra de governar e que põe em cheque as administrações do governador Geraldo Alckmin e do ex-prefeito Gilberto Kassab.

Acompanhe:

Procurador paulista se defende afirmando que trocou as pastas!


De Grandis
Além de cobrado por promotores suíços sobre o caso Alstom e as propinas distribuídas em São Paulo, o procurador Rodrigo de Grandis foi também alertado pelo Ministério da Justiça, comandado por José Eduardo Cardozo, em três ofícios; ou seja: nada parece justificar que o caso tenha sido colocado numa "pasta errada" de uma gaveta tão profunda; procurador será investigado por prevaricação pelo Conselho Nacional do Ministério Público e pode até ser preso

247

A conduta do procurador Rodrigo de Grandis no caso Alstom, relacionado a propinas pagas pela multinacional francesa a personagens do PSDB em São Paulo, parece ser, a cada dia, menos defensável.

Há uma semana, quando se soube do arquivamento das investigações contra lobistas envolvidos no caso, como o notório José Amaro Pinto Ramos, a assessoria de Rodrigo de Grandis alegou "falha administrativa", afirmando ainda que um pedido de cooperação feito por promotores suíços teria sido arquivado numa pasta errada.

Agora, uma nova revelação aponta que o caso é ainda mais grave. O Ministério da Justiça, chefiado por José Eduardo Cardozo, cobrou, em pelo menos três ofícios, que De Grandis respondesse a um pedido de investigação feito pelo Ministério Público da Suíça (leia, aqui, reportagem da Folha).

A cooperação vinha sendo pedida desde 2011, mas foi engavetada por De Grandis. Diante da suspeita de prevaricação, o procurador será investigado pelo Conseho Nacional do Ministério Público, podendo ser expulso da carreira e até preso.

Sob pressão, De Grandis tem evitado prestar declarações à imprensa. A Procuradoria da República apenas informa que ele está à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos.

Delação premiada: Fiscal confirma propina


247

A Operação Necator, deflagrada pela corregedoria da prefeitura de São Paulo para desbaratar uma quadrilha que reduzia dívidas de tributos municipais de grandes construtoras, promete trazer fatos novas nas próximas semanas.

Um dos presos, o fiscal Luis Alexandre Cardoso de Magalhães, decidiu colaborar com a Justiça. Além de confirmar o esquema de corrupção do "ninho" descoberto pela equipe do prefeito Fernando Haddad, ele aceitou fazer uma delação premiada. Ou seja: em troca de novas informações, poderá reduzir suas penas.

De acordo com o promotor Roberto Bodini, as informações são valiosas. "Ele apresentou detalhes que só alguém que participava do grupo conhecia", afirmou.

Nomeados pelo ex-secretário Mauro Ricardo, indicado por José Serra para cuidar das finanças de São Paulo na gestão de Gilberto Kassab, os quatro fiscais arrecadavam cerca de R$ 80 mil por semana há cerca de quatro anos, aliviando as cobranças de tributos municipais de grandes empresas – a propina, quase sempre, era paga em dinheiro vivo. Pelo menos 500 imóveis tiveram sua construção liberada em São Paulo mediante pagamento de vantagens indevidas. O prejuízo estimado pela prefeitura é de R$ 500 milhões.

Além de Magalhães, foram presos outros três técnicos da prefeitura: Eduardo Horle Barcellos e Carlos Augusto di Lallo do Amaral, que foram diretores da Secretaria de Finanças da prefeitura, e Ronilson Bezerra Rodrigues, subsecretário da Receita municipal entre 2009 e 2012.

Magalhães, considerado o "peixe pequeno" da quadrilha, conseguiu acumular um patrimônio imobiliário de R$ 18 milhões em seu nome, embora tivesse um salário de R$ 14 mil mensais.

Em entrevista ao 247, o prefeito Fernando Haddad afirmou estar fazendo um acerto de contas (leia aqui).
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