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Ganhadores do Prêmio Líbero Badaró de Jornalismo comentam trabalhos

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Portal Imprensa

A 10ª edição do Prêmio Líbero Badaró de Jornalismo, realizado na última quarta-feira (25/9) por Imprensa, revelou onze vencedores das seguintes categorias:“Jornalismo Impresso, Telejornalismo, Radiojornalismo, Webjornalismo, Fotojornalismo, Reportagem Cinematográfico, Ilustração, Primeira Página, Jornalismo Universitário, Cobertura Internacional e Grande Prêmio.

Ganhador na categoria Jornalismo Impresso com a matéria “Suruís e a Guerrilha do Araguaia”, Ismael Machado, do Diário do Pará, afirmou que o seu maior desafio na produção da reportagem foi a distância. “Estamos falando de um estado com dimensões continentais. Imagine mandar e manter uma equipe na região da aldeia dos Suruís. A ideia da pauta surgiu por sugestão de Paulo Fonteneles, filho de um deputado assassinado por lutar pelos direitos dos índios da região. Mas este é também um tema que sempre me fascinou”, comentou.

Durante discurso, Ismael chamou atenção para a greve dos jornalistas do Diário do Pará por melhores condições. “Trabalho como repórter especial, ou seja, tenho uma condição melhor e não estou participando da greve, porém, em apoio aos meus colegas de cotidiano, gostaria de chamar atenção para a situação deles e prestar solidariedade”.

Na categoria Telejornalismo, Rodrigo Carvalho, da Globo News, comentou sobre a matéria vencedora “Juízes ameaçados”. “A série cresceu, principalmente, devido a vontade que os juízes tinham em falar sobre o assunto. Eles sempre mostravam coisas a mais, documentos, cartas de ameaças etc. No começo achamos que iríamos encontrar certa resistência, mas foi totalmente ao contrário. E o assunto foi extremamente relevante após a morte da juíza Patricia Acioli", apontou. A série, exibida em agosto de 2012, mostrou a rotina de juízes que precisam ter a vida protegida para continuar exercendo a magistratura.

Michelle Trombelli, da BandNews, vencedora em Radiojornalismo com a reportagem “Cidade Viciada”, afirmou que é difícil encontrar espaço na programação do rádio para matérias mais aprofundadas. “Foi um grande desafio falar dos principais problemas de São Paulo em poucos minutos. Eu tinha a preocupação de parecer algo superficial, mas recebi muito apoio da minha editora e dividi a reportagem em séries. Além dos cinco principais problemas, apresentei as soluções mais viáveis. Outro ponto fundamental foi a participação dos ouvintes. Eles que elegeram o quinto problema”.

Caio Cavechini, editor do “Profissão Repórter” (TV Globo), recebeu o troféu pela categoria “Repórter Cinematográfico”. "É muito bacana receber este prêmio em nome de Jonas Campos, cinegrafista que estava sozinho trabalhando em um tema tão explorado e ainda assim fez um trabalho de excelência. E quero agradecer aos personagens, com quem estabelecemos uma relação profunda graças à abertura que deram".

A tragédia da boate Kiss (Santa Maria – RS) completa oito meses na próxima sexta-feira (27/9) e foi essa cobertura que rendeu o prêmio na categoria “Primeira Página” para o Diário de Santa Maria. “Esse prêmio reflete um trabalho em equipe. Foi uma cobertura muito dolorosa, mas esse troféu veio como reconhecimento e isso nos dá força para fazer jornalismo de excelência. Chegamos até mesmo a fazer uma edição somente sobre isso. Essa capa foi para marcar o primeiro mês após a tragédia. Foi a nossa homenagem para todos que estavam lá”, pontuou Fabiana Sparremberger.

Diego Amorim, do Correio Braziliense (DF), ganhador da categoria “Cobertura Internacional”, com a matéria “Uma histórica sucessão no Vaticano” aproveitou para congratular os "responsáveis" pelo tema. “Quero agradecer a Deus e ao Papa (risos). Foi difícil manter o distanciamento na cobertura até mesmo como incrédulo. Cheguei a chorar na Praça São Pedro. Tenho que admitir que me emocionei, e sim, isso fez toda a diferença na reportagem”.

Premio Imprensa
Vencedores da 10ª edição do Prêmio Líbero Badaró de Jornalismo
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