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Déficit de médicos é um dos grandes desafios da área da saúde

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Agência Senado

O secretário de Saúde do Estado da Bahia, Jorge Solla, disse que a carência de recursos humanos, especialmente de médicos, é um dos dois maiores desafios enfrentados pelo sistema público de saúde do país. O outro seria a insuficiência de recursos para financiar as ações e serviços de saúde.

Um dos participantes de debate sobre o programa Mais Médicos, em andamento na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), ele disse que a carência de profissionais é evidenciada em pesquisas junto à população.

- Quando se pergunta ao cidadão, ele efetivamente responde e identifica como o maior problema a falta de médicos. Ele vai ao posto e encontra enfermeiros e outros profissionais, mas não encontra médicos disponíveis para atendê-lo na hora em que necessita.

De acordo como Solla, que também integra o Conselho Nacional de Saúde, o cadastro nacional dos estabelecimentos de saúde também mostra que se amplia a diferença entre a oferta de vagas para médicos e a quantidade de profissionais empregados. Há três anos, havia 2,6 postos por profissional e agora essa relação chegou a 3 vagas por médico em termos nacional. Na Bahia, a relação seria mais desfavorável, chegando ao nível de 3,3.

Quanto ao financiamento, ele disse que o gasto por habitante por dia corresponde a R$ 1,98, somados os recursos aplicados pelo governo federal, estados e municípios. Segundo afirmou, esse gasto é inexpressivo considerando as demandas crescentes sobre o sistema público, do que se exige “tudo para todos” em termos de saúde. Ele observou que o atendimento vai desde ações básicas, como vacinações, até a alta complexidade, como transplantes de órgãos.

Em seguida, Solla defendeu a aprovação de projeto de iniciativa popular já entregue ao Congresso Nacional, com mais de 2 milhões de assinaturas, em que é pedida a vinculação de 10% das receitas brutas federais a despesas na área da saúde.
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