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| Mesmo com problemas pulmonares, Assange permanece produzindo seu livro sobre a internet |
França, Paris - O fundador do site de denúncias WikiLeaks, o australiano Julian Assange, vai publicar em 2013 o livro “Manual de Insurreição – Como a Internet nos vigia”, por uma editora francesa. Assange, ameaçado de ser extraditado para a Suécia, está refugiado na embaixada do Equador em Londres, há cinco meses. Nos EUA, o soldado acusado de ter vazado documentos confidenciais para Assange foi ouvido pela primeira vez em um depoimento preliminar.
O livro é em formato de conversas entre Assange e pesquisadores e especialistas em dados cibernéticos. Os participantes são: Jacob Appelbaum, pesquisador americano sobre segurança informática, Andy Muller-Maguhn, especialista alemão de técnicas de vigilância e criptografia na rede e o francês Jérémie Wimmermann, porta-voz de uma associação de defesa da liberdade cibernética, a Quadratura da Internet.
A Suécia pede a extradição de Assange, 41 anos, acusado de estupro e agressão sexual. Ele teme que da Suécia ele possa ser extraditado para os Estados Unidos. A embaixada equatoriana informou, através de seu site, que Assange sofre de um problema pulmonar crônico, que pode piorar diante dos meses de reclusão na representação em Londres.
Soldado Manning
Nos Estados Unidos, o soldado Bradley Manning, 24 anos, acusado de ser o autor do vazamento de informações secretas do governo americano para o Wikileaks, foi ouvido pela primeira vez, em depoimento preliminar antes de seu julgamento.
Com aparência inquieta e voz trêmula, Manning relatou que sofreu muito quando foi preso. Sua defesa pede que o caso seja suspenso, diante da suposta punição ilegal a que foi submetido durante nove meses, na Virgínia, após detenção inicial no Iraque e Kuwait. Na prisão americana, seu telefone foi confiscado e o soldado passava 23 horas numa célula solitária por dia. Ele admitiu ter pensado em se suicidar várias vezes.
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