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Vítimas de acidente em Juiz de Fora são enterradas, piloto assumiu risco de pouso em condições desfavoráveis

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Terra, JB

Os corpos do presidente da empresa Vilma Alimentos, Domingos Costa, 58 anos, e de seu filho, Gabriel Barreira Costa, 14 anos, foram cremados por volta das 16h deste domingo no Cemitério e Crematório Parque Renascer, em Contagem (MG). Eles morreram na queda de um bimotor, no sábado, em Juiz de Fora. No acidente, morreram, ainda, quatro diretores da empresa, além do piloto e do copiloto da aeronave.

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Veja imagens do avião que explodiu hoje em Minas Gerais

Também foram cremados os corpos do vice-presidente de Vendas e Marketing, Cezar Roberto de Pinho Tavares, 55 anos, e da gerente de Controladoria, Lídia Colares de Souza Lima, 31 anos. A gerente de Recursos Humanos, Adriana da Conceição Rocha Ezequiel Vilela, 47 anos, o analista de geomarketing Tiago Felipe Cardoso Bretas, 26 anos, o piloto, Jair Barbosa, 62 anos, e o copiloto, Rodrigo Henrique Dias da Silva, 35 anos, foram enterrados em cemitérios de Belo Horizonte.

King Air semelhante a esse explodiu em Juiz de Fora-MG
O acidente ocorreu por volta das 8h deste sábado. O bimotor, que pertencia à empresa Vilma Alimentos, havia decolado da capital mineira e caiu no bairro Aeroporto de Juiz de Fora.

O avião, modelo B200 GT, explodiu após cair em uma região de difícil acesso, atingindo o quiosque de uma pousada e uma granja. Seis viaturas do Corpo de Bombeiros foram deslocadas para atender a ocorrência. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o piloto teria tentado pousar por três vezes, mas teve problemas devido à neblina.

Piloto foi alertado de más condições para pouso

G1, Mídia News

O piloto do avião que caiu no terreno de uma pousada neste sábado (28), em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais, havia sido avisado que as condições de voo não eram favoráveis para pouso, segundo informações do gerente do aeroporto.

De acordo com Cipriano Magno, gerente da Sinart, empresa que administra o terminal de Juiz de Fora, o piloto foi informado que a pista estava coberta por neblina e que o aeroporto operava por instrumentos. Mas, diz ele, mesmo após receber a informação afirmou que seguia para pousar. Depois, não fez mais contato."As condições no momento não eram favoráveis para pouso. A gente faz o procedimento, ele (o avião) atinge uma certa altura e (o piloto) tem que avistar a pista. Quando ele atinge aquele limite, ele (o piloto) avistando a pista, ele prossegue com o pouso. Caso negativo, ele arremete e faz um novo procedimento", disse Cipriano Magno.

"Ele (o piloto) não falou que queria pousar. (Ele) falou que tava vindo para o pouso. Após aquela posição, ele não falou mais com a rádio", completou Magno.

"Com essas condições desfavoráveis, o piloto assume a responsabilidade do próprio voo", disse ao G1 o coronel Paulo Santos, chefe do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa 3), órgão da FAB que irá apurar a tragédia.

Ele informou também que a equipe da Seripa coletou informações para dar início às investigações dos fatores que podem ter contribuído para o acidente. "Nós estamos encontrando que ele estava realmente se conduzindo pelas cartas de aproximação, que são as cartas expedidas pelo controle de tráfego aéreo. Nós não temos nenhuma conclusão adiantada", falou.

Na segunda-feira (30), a equipe da Seripa volta a Juiz de Fora com uma equipe maior de peritos para dar continuidade aos trabalhos. Não há previsão para divulgação de laudo sobre as causas do acidente.
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