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Rede de agiotagem, responsável pela execução de Décio Sá, conta com tentáculos em esferas de poder

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Marcos D'Eça

Agiotas apontados como mandantes do assassinato do jornalista Décio Sá, Gláucio Alencar Pontes e Júnior Bolinha também são investigados por chefiarem uma quadrilha de agiotagem no Maranão e no Piauí.

E o desbaratamento desta quadrilha de agiotagem é exatamente o objetivo da segunda fase das investigações.

Gláucio e o pai, Miranda: Rede de proteção nos três poderes
Em seus últimos depoimentos, Gláucio e Bolinha destrincham a rede de relacionamentos que deram a ele proteção para suas ações na área.

Uma rede que envolve deputados estaduais, juízes advogados e policiais, inclusive federais.

A rede criminosa de Gláucio e Bolinha esta´entranhada nos três poderes estaduais, o que pode comprometer as ivnestigações.

A menos que o secretário de Segurança, Aluísio Mendes, esteja disposto a peitar eventuais padrinhos – ou a força política dos envolvidos.

Será um “deus nos acuda”, certamente…

Todos os homens de Gláucio Ribeiro

Marcos D'Eça

Hélcio Menezes - Funcionário de Gláucio. Ouviu de um tal Ricardinho que Fábio Brasil havia manifestado interesse em matar o agiota.

Telmo Jr.- dono da loja em que Hélcio estava e ouviu de Ricardinho a trama para eliminar o patrão.

João Nunes - Outro funcionário de Gláucio, que o orientou a procurar a Seic e denunciar a trama para sua morte.

Alcides - Policial da Seic procurado por Gláucio para falar sobre a ameaça de Fábio Brasil.

Durans - Outro policial da Seic, que se reuniu com Gláucio, Ricardinho e Hélcio no Restaruante Berro, para falar sobre a trama de Fábio Brasil para matar o agiota.

Balão - Dono de um Audi branco, que também chegou ao Berro e relatou a trama de Fábio para os dois policiais.

Hílquias Caldas - Pessoa a quem a mulher de Fábio Brasil, Patrícia, entregou uma de suas empresas como quitação da dívida do marido com Gláucio.

Sidarta Gautama - Juiz de Direito de Caxias, a quem Fábio Brasil também contraiu dívidas, referente à negociação de uma caminhonete SW4.

Marcos Caldas - Deputado estadual que, segundo Gláucio, era sócio de Júnior Bolinha em uma concessionária de veículos.

Pedro Meireles - Delegado de Polícia Federal, ao qual a polícia quis saber se Gláucio mandou mensagem de celular informando da morte de Décio Sá (?)

Dados extraídos do depoimento de Gláucio Pontes, publicado com exclusividade no blog de Luís Cardoso.

Quem é Ronaldo Ribeiro?

Marcos D'Eça

O advogado Ronaldo Ribeiro sabe o que quer – e o que o espera – quando pedee ao Tribunal de Justiça um Habeas Corpus preventivo (já liminarmente negado) contra a ação da polícia que investiga o assassinato do jornalista Décio Sá e a relação do crime com a prática da agiotagem no Maranhão.

Advogado de Gláucio Alencar, agiota que, segundo a polícia, foi um dos mandantes da morte de Décio Sá, Ronaldo também desconfia que a polícia o aponta como parte do esquema montado por Gláucio.

Ele sabe que a polícia sabe de sua ligação com membros da Polícia Federal, responsáveis por ações em prefeituras devedoras de Gláucio Alencar.

E tem tanta convicção do que a polícia sabe – como também tem convicção de que pode mesmo vir a ser preso – que entrou com o HC no TJ.

Ronaldo Ribeiro figura em várias reportagens do blog de Décio Sá.

Foi ele, por exemplo, o advogado que, em março deste ano, decidiu defender a mulher conhecida por Nayra Veloso, a Nayrinha, de Teresina (PI), presa no bojo das investigações sobre a morte da garota de programa Fernanda Lages. (Leia aqui)

A presença de Ribeiro no caso levou à especulação de que haveria deputados maranhenses envolvidos na morte de Fernanda.

Isto por que, além de ser advogado de Gláucio, advoga na área políticapara o vice-presidente da Assembleia maranhense, deputado Marcos Caldas (PRB).

Caldas foi citado algumas vezes na imprensa do Piauí como participante de algumas festas na capital piauiense em que também estava presente a prostituta assassinada.

Em março, foi morto no Piauí – pela mesma quadrilha chefiada por Gláucio Alencar, segundo a polícia – o empresário Fábio Brasil.

Décio Sá foi o primeiro a fazer a ligação da morte de Brasil à agiotagem no Maranhão. E morreu menos de um mês depois.

Por isso, alguns membros do Ministério Público e da polícia acham que tem mais ligações do que se imagina entre a morte de Décio e a de Fernanda Lages.

Por isso, Ronaldo Ribeiro tenta escapar do alcance policial…

Nota do Blogueiro: O esforço e a coragem da Blogosfera na elucidação do assassinato do blogueiro Décio Sá é o diferencial na apuração deste caso. Os Blogues do Luís Cardoso, Marcos D'Eça e Itevaldo representam a linha de frente deste esforço para elucidação de todas as nuances do crime que alcançou repercussão internacional. Este Blogue também participa deste esforço. Abaixo, o blogueiro apresenta a moção, cobrando a devida apuração do crime, incorporada a Carta de Salvador, em maio, quando os blogueiros progressistas realizaram sua terceira reunião anual com cobertura ao vivo pela TVT.


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