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Demóstenes tenta se explicar à executiva do DEM

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O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) deverá se explicar ao partido na noite desta segunda-feira (2/4). Em reunião com a executiva do Democratas, o parlamentar falará sobre as denúncias que pesam sobre ele, após denúncias divulgadas há duas semanas sobre uma possível ligação com o empresário Carlos Cachoeira, que está preso sob a acusação de explorar jogos ilegais em Goiás.

A assessoria da liderança do DEM disse que Demóstenes pediu que avisassem ao líder e presidente da legenda, o senado José Agripino (RN), de que ele está “pronto para falar”. A defesa, ainda sem lugar e horário marcados, ocorre um dia antes do prazo estipulado pelo líder do partido na Câmara, o deputado ACM Neto (BA), para que Demóstenes apresentasse defesa. Perguntado sobre uma eventual abertura de processo de expulsão de Demóstenes pela Executiva Nacional, José Agripino, disse que é preciso antes ouvir o parlamentar. "Temos que ouvir as explicações dele. Não vou antecipar uma conversa que nem tive [com Demóstenes Torres].

Membros da Executiva Nacional disseram que a cúpula do DEM tenta convencer o senador goiano a tomar a iniciativa de pedir o afastamento do partido. Isso evitaria um desgaste ainda maior de sua parte e também do Democratas que se veria obrigado a abrir o processo de expulsão. A informação, no entanto, não foi confirmada oficialmente por Agripino Maia.

Vários integrantes da executiva do DEM estão fora da cidade, mas estão confirmados para a reunião desta noite José Agripino, o deputado federal Ronaldo Caiado (GO), que é vice-presidente da legenda, e ACM Neto.

Imagem “arranhada”
Na tarde desse domingo (1°/4), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) defendeu a renúncia do senador Demóstenes Torres (DEM-GO). O presidente da entidade, Ophir Cavalcante, declarou que, ao deixar o cargo, o parlamentar preserva o Senado de um maior desgaste político. “A situação é bastante grave. Não existe outra saída. Se ele continuar no cargo, vai se expor mais ainda. A imagem do Senado está bastante arranhada”, avaliou Ophir.

Pressionado pelo Democratas a prestar esclarecimentos, o senador goiano foi orientado por seu advogado, Antônio Carlos de Almeida Castro, a não ir ao plenário da Casa nesta semana. “Esta é a orientação jurídica, mas claro que existe o lado político. Por mim, ele precisa aguardar mais um pouco”, afirmou. De acordo com Castro, o próprio senador, por ter conhecimento jurídico, começou a analisar, no fim de semana, todas as provas geradas pela operação Monte Carlo.

Diversos veículos de imprensa divulgaram no sábado (31/3) gravações telefônicas que apontam que o senador Demóstenes atuou em órgãos públicos para obter benefícios para Cachoeira. Os áudios, que têm autorização da Justiça e fazem parte da investigação da Operação Monte Carlo, indicam a atuação no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e na Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).
Do Correio Braziliense

Fontes: Diário de Pernambuco e Correio Braziliense
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