-->

Protestos deixam mais de 100 feridos em praça de Barcelona

Publicidade
Foto: Denis Doyle - Getty Images
No dia 18 de maio, a praça Puerta del Sol estava tomada por manifestantes jovens
A intervenção da polícia na praça da Catalunha, em Barcelona, onde acampavam integrantes de um movimento contra o desemprego e as medidas de austeridade do governo, deixou ao menos 121 feridos na sexta-feira, entre eles 37 policiais, informaram autoridades.

A polícia invadiu a praça por "razões de saúde" e para preparar a área para uma possível vitória da equipe de futebol Barcelona na final da Liga dos Campeões, no sábado.

A operação começou pouco antes das 7h (no horário local) e teve a participação de 300 agentes, sendo 200 policiais e 100 membros da Guarda Urbana, de acordo com um porta-voz da polícia catalã.

"Tivemos que atuar e intervir para garantir a saúde pública, higiene, e para desmontar um acampamento com objetivo de reduzir o risco perante a uma possível celebração amanhã (sábado)", explicou o conselheiro do Interior da Catalunha, Felipe Puig, em entrevista a jornalistas.

O movimento conhecido como "Indignados" disse em sua página na Internet (tomalaplaza.net) que a polícia atuou "de maneira violenta e desproporcional", apreendeu computadores e material de propaganda, além de lançar balas de borracha e gás de pimenta contra os acampados.

Imagens de televisão mostraram os agentes golpeando com cassetetes os manifestantes sentados na praça.

"Estavam nos atacando rodas dos caminhões... A situação foi tensa, dura e muito difícil. Mas houve uma resposta muito contundente dos manifestantes", disse Manel Prat, diretor-geral da polícia, em declarações para a Cadena SER.

O conselheiro do Interior catalão disse que na próxima semana será aberta uma investigação sobre a operação da polícia.

Segundo o responsável pela polícia, funcionários de limpeza levaram 35 caminhões carregados de lixo e objetos como bombas de gás, equipamentos elétricos e ferramentas. Eles afirmaram que isso poderia gerar um problema mais grave de ordem pública.

Fonte: Exame.com
Advertisemen