Publicidade
WikiLeaks detona família real sauditapor Wálter Fanganiello Maierovitch
O fundamentalismo islâmico tem matriz wahabita. E o wahabismo surgiu na Arábia Saudita no século XVIII.
O seu autor, Muhammad Ibn Abd al-Wahhab, entendeu que o islamismo estava degenerado. Então, propôs um retorno radical às origens e se posicionou contra todas as inovações. Nasce, assim, entre os islâmicos sunitas, a linha wahhabita.
Wahhab propôs, também, a leitura literal do Alcorão.
E o wahabismo proibiu a dança, o álcool, o fumo e todas as drogas que tiram o homem do seu juízo normal.
Da Arábia Saudita, graças ao impulso dado pela família real, o wahhabismo se espalhou. Por exemplo, chegou à Chechênia.
Na Arábia Saudita, uma monarquia absoluta, cabe ao rei, com base na chamada Lei fundamental de 1992, custodiar os lugares sagrados (Meca e Medina) e velar pelos bons costumes.
Pelo WikiLeaks, para fúria de parte da família real saudita, foi divulgado um documento “top-secret”, produzido pela diplomacia norte-americana. O documento fala de festa de Halloween organizada em 2009 por um membro da família real.
Na festa, todas as proibições foram ignoradas, com álcool, sexo, maconha, cocaína e prostitutas às pamparras.
Detalhes da festa regada a álcool, com cortina produzida por fumacê e muita cocaína foram, com base no WikiLeaks, tratados em matéria de hoje do conservador jornal britânico The Guardian.
A festa teria ocorrido no palácio de um príncipe da família Al-Thunayan. Dela participaram 150 pessoas, na faixa etária entre 20 e 30 anos.
No WikiLeaks consta, sobre a festa, o relatório do cônsul norte-americano Martin Quinn, à época lotado na Arábia Saudita.
Martin Quinn escreveu: “Embora nesse caso da festa não existam testemunhas diretas, o uso de cocaína e de maconha é costumeiro nesses ambientes sociais. Bebidas alcoólicas, apesar da proibição severa, eram abundantemente servidas na festa (Halloween). Havia um bar bem guarnecido de álcool. Um filipino cuidava do bar.”
Fonte: Terra Magazzine
Comente aqui