-->

Justiça determina prisão do empresário Alessandro Martins

Publicidade
O Ministério Público, por meio dos promotores Augusto Cutrim (Ordem Tributária) e Lítia Cavalcanti (Defesa do Consumidor), conseguiu obter um mandado de prisão contra o presidente da Euromar, Alessandro Martins (imagem ao lado). O mandado de prisão foi expedido pela juíza Oriana Gomes nesta quinta-feira (1º).

Em conversa com o Portal Imirante, por telefone, a promotora Lítia Cavalcanti explicou que o pedido da prisão de Alessandro Martins foi feito pelas Promotorias da Ordem Tributária e de Defesa do Consumidor, que já estão trabalhando juntas desde o início do caso.

Segundo a promotora, Alessandro Martins é acusado de uma série de crimes, entre os quais se destacam formação de quadrilha, estelionato, falsificação de documentos, infração no Código de Defesa do Consumidor, crime contra ordem econômica e crime contra relações de consumo.

A polícia, desde que a prisão foi decretada, continua a procura do empresário. Eles estiveram nos dois endereços de Alessandro Martins - no edifício Two Towers, na Ponta d'Areia, no edifício Palazzo, na Ponta do Farol -, mas ele não foi encontrado.

Em conversa com o Imirante, no fim desta tarde, o advogado de Alessandro Martins, Glaucio Costa, declarou que o mandado de prisão os pegou de surpresa, porque, segundo ele, não há nenhuma conduta do empresário que justifique uma prisão preventiva. "Fomos pegos de surpresa com esse mandado de prisão. Não precisava dessa medida extrema. O Alessandro Martins, em momento algum, teve algum comportamento que a justificasse. Processos existem, mas não há sentença de nada ainda. Também não há intenção de obstruir as investigações, nem intenção dele se ausentar da cidade", disse o advogado por telefone.

Glaucio Costa disse, ainda, que está tentando obter mais informações sobre o processo e sobre esse mandado de prisão e que ingressará, imediatamente, com pedido de habeas corpus. Questionado sobre a localização de Alessandro Martins, o advogado disse que, como advogado, não tinha como dar essa informação.

Investigações

O caso já vinha sendo investigado desde fevereiro de 2009. Tanto que foi instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias.

De acordo com o relatório final da CPI, a organização criminosa que Alessandro Martins estaria envolvido teria o objetivo de adquirir veículos em nome de locadoras e assim, a Euromar não pagaria as taxas necessárias para a venda de automóveis. Desta forma, a empresa venderia carros com preços mais baratos do que as concorrentes.

Ainda de acordo com o relatório final da CPI, treze pessoas foram indiciadas, inclusive o presidente da Euromar, Alessandro Martins por formação de quadrilha, falsificação de documento público, crime contra ordem econômica e crime contra relações de consumo.

Matéria atualizada às 18h.

Fonte: Paulo de Tarso Jr./Imirante
Advertisemen