-->

Como Jackson e Flávio se preparam para a eleição

Publicidade
Estamos chegando ao fim do mês de abril e a oposição maranhense demonstra maturidade na condução do processo eleitoral. Todos se comportam com a possibilidade de segundo turno e os pré-candidatos da oposição mantêm entendimentos necessários para uma harmônica relação na segunda fase da eleição estadual.

Parece que dois pré-candidatos ao governo aprenderam o velho ensinamento latino: se queres paz, prepara-te para a guerra.

Ou seja, o candidato do PCdoB, Flávio Dino, faz todos os esforços para garantir o Partido dos Trabalhadores do seu lado na eleição. O PT tem importância pela qualidade de seus militantes, por impedir que o presidente Lula venha ao Maranhão pedir votos para a candidata governista e pelo tempo no rádio e na TV.

Da mesma forma, Jackson Lago do PDT envida todos os esforços para atrair o PSDB para sua aliança, pela importância dos quadros estaduais da agremiação, pelo horário eleitoral gratuito e pela estruturação do palanque único de José Serra no Estado.

Essas duas vertentes, acima citadas, são o panorama da paz

No entanto, estes dois pré-candidatos se preparam para a guerra.

Não tenham dúvidas que qualquer intervenção federal no PT do Maranhão, para a sigla apoiar o atual governo estadual, não será motivo para desistência do candidato Flávio Dino. Ele perderá o tempo na telinha e no rádio, mas permanecerá com a militância e pode até impedir a vinda de Lula no primeiro turno graças a interferência do PCdoB e do PSB que retirou a candidatura de Ciro Gomes à presidência e cobrará certas faturas.

Do mesmo jeito, caso o PSDB faça sua opção por candidatura própria, mesmo assim o PDT lançará Jackson para o governo. Perde o tempo e os quadros estaduais, mas fica com lideranças intermediárias e o “recall” de sua administração, bastante positiva no interior do Estado. A memória de 2006 ainda está viva. Mesmo com pouca estrutura partidária, menos de 10 prefeitos no apoio, ele, Jackson, passou para o segundo turno com relativa facilidade sobre o terceiro colocado, o ministro Vidigal.

Em resumo, o atual esquema governista parece combinar e articular de forma positiva com muitos atores da cena política maranhense. Mas, esquece de armar e desarmar com Flávio e Jackson e, principalmente, com o protagonista desta eleição: o povo!
Advertisemen