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Condenado por matar radialista se envolve em assaltos

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O crime compensa? Essa é uma pergunta que deve ser feita para quem se envolve em conflitar a Lei. Ao menos para o desempregado Jader Moura Coqueiro, mais conhecido por “Jordão” (foto abaixo e a direita), parece compensar. Mesmo condenado a 20 anos de prisão, foi solto muito antes de cumprir a pena por completo. Semanas depois foi preso acusado de tramar um mega-assalto. Solto, novamente, é acusado de ser um dos membros de uma quadrilha que tem tocado o terror no Sertão do Piauí com quase 20 assaltos praticados nos últimos dias.

TatonhoJordão

“Jordão” foi condenado pela Justiça do Piauí a 20 anos de prisão pelo crime de latrocínio contra o radialista e empresário Francisco Antônio da Silva, mais conhecido por Tantonho Silva, (foto acima e a esquerda) em 2007, na região de Picos (Sertão do Piauí). Depois de cumprir parte da pena foi posto às ruas. Mês passado foi preso acusado de planejar um assalto a um comerciante na cidade de Santo Antônio de Lisboa. Novamente solto, agora é acusado de fazer série de assaltos na região de Picos. Ele está foragido e policiais de várias cidades do Sertão piauiense estão em seu encalço.

“É um grande absurdo ele estar solto”, destacou o comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar do Piauí, coronel Wagner Torres, que está liderando a caçada para colocar “Jordão”, novamente, atrás das grades.

As ações criminosas em que o assassino do radialista é acusado indignaram familiares e amigos de Tantonho Silva que clamam que o latrocida volte para trás das grades. “Que Justiça é essa?Está mais que comprovado que eles não estão preparados para viver no meio da sociedade”, reclamou o jornalista Pedro Neto, filho de Tantonho Silva.

Prisões

“Jordão” tinha sido preso no dia 21 de novembro do mês passado. Ele estava em companhia dos também ex-presidiários Carlos Norberto, conhecido por Bebeto, segundo a polícia, foragido da Penitenciária Major César Oliveira (em Altos – região metropolitana de Teresina) e Ítalo Silva Lopes, que tinha mandado de prisão em aberto expedido pela Justiça de Pernambuco.

O trio foi acusado de montar um plano para assaltar o comerciante conhecido por “Luizinho” na cidade de Santo Antônio de Lisboa (a 337 quilômetros de Teresina).

Coronel comenta o caso

Os três acusados foram trazidos para a Delegacia Regional de Picos e menos de 48 horas depois, mesmo com extensa ficha criminal, foram postos em liberdade. “A população de Picos foi pega de surpresa. Todo mundo achava que esse povo estava era preso. Se soltaram não foi a gente. A Polícia Militar foi atrás, prendeu e entregou para a Polícia Civil”, comentou o coronel Wagner Torres.

O comandante da PM de Picos disse que denunciou a precoce soltura dos três acusados ao promotor Marcelo Monteiro, que prometeu tomar providências e saber porque os acusados foram colocados em liberdade, mesmo com tantos crimes no currículo.

O coronel Wagner Torres disse que o resultado da soltura da quadrilha foi que nas últimas semanas eles cometeram vários crimes de assaltos na região, inclusive contra propriedades rurais. “Algo muito raro na cidade. Era assalto demais. Tudo com as mesmas características desse pessoal”, comentou o coronel.

“Jordão” é acusado de dar cobertura à quadrilha. Ele encontra-se foragido. “Mas a gente vai pegar. Pode ter certeza”, disse o coronel Wagner Torres.

O Olho
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