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Aziz Júnior publica sobre reedição de Festival Internacional

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Clique na imagem e veja reportagem sobre o festival de 2002
Redação

São Luís, MA. Ativismo digital é assim mesmo. A Aldeia Global sempre reproduz artigos do Facebook , Twitter, Blogues e outras mídias sociais. Sempre, como contribuição ao debate.

Segue texto no Facebook que gerou compartilhamentos, comentários e 62 curtidas, sobre a proposta de reedição do Festival Internacional da Música de São Luís.

Aziz Júnior

Gostaria de sugerir ao Sr. Edivaldo Holanda Junior, Prefeito de São Luís, que reeditasse o grande e inesquecível Festival Internacional de Musica de São Luís, que contou com nomes como Hermeto Pascoal, Arthur Moreira Lima, curador do festival, a orquestra filarmônica da Romênia, João Bosco, Turíbio dos Santos, Lobão, Ed Motta e tantos outros que fizeram a alegria dos maranhenses de todas as raças, cores, crenças e vertentes políticas.

Uma festa realmente inesquecível e acima do bem e do mal. O I Festival Internacional de Música de São Luís, com artistas das mais variadas tendências e estilos se apresentando pelos recantos do Centro Histórico da cidade revelando para uma platéia calorosa e festiva que a música ainda é a melhor e mais democrática forma de expressão artística.

O Festival Internacional de Música reuniu durante 8 dias mais de 500 músicos, e terminou com um saldo amplamente favorável. Atrações internacionais mesclando a música erudita (orquestra filarmônica romena de Timisoara) com a instrumental (quarteto argentino Opus Cuatro e os franco-suíços do Kordépan) agradaram em cheio e emocionaram a todos que compareceram nas mais variadas praças e bairros onde aconteceu o festival. Ficou claro, mais uma vez, de que não se deve subestimar as massas e de que a cultura só é inacessível se não for levada a sério.

Estrelas da MPB, como João Bosco, Ed Motta, Chico César e Lobão dividiam as atenções com instrumentistas do calibre de um Heraldo do Monte, Zé da Velha ou o pra lá de Hendrix, Hamilton de Holanda com seu bandolim mágico. O canto lírico de Regina Mesquita, o violão clássico de Turíbio dos Santos, o piano de Arthur Moreira Lima e o solo de copo d'água de Hermeto Pascoal se misturavam solenemente ao ritual da dança da colheita dos índios canela, à ciranda de Lia, ao reggae da Tribo de Jah, ao bumba-meu-boi com sotaque Pindaré de Apolônio, ao samba genuíno de Paulinho da Viola, à bossa-nova dos Cariocas, à Chalana pantaneira de Paulinho Simões, aos tambores do saudoso Mestre Felipe, à word music de Habib Koité, à orquestra de frevo de Olinda e à banda de pífanos de Caruaru, numa salada tão democrática quanto eclética que, no final, coroou uma só tendência: a música como linguagem universal.

Reeditar o Festival é elevar a auto estima da cidade.É dar à cidade patrimônio da humanidade as condições para que seja incrementado de fato o turismo cultural. A Ilha tem magia e mistérios para acolher um evento artístico dessa magnitude e beleza. Já provou isso.

Essa é a minha sugestão.
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