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"Temos como lidar com câmbio e falta de crédito", diz ministro Guido Mântega

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por Hugo Bachega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu nesta segunda-feira que, se houver um agravamento na guerra cambial, o Brasil terá de tomar mais medidas para impedir que a economia brasileira seja "atacada". Além disso, ele afirmou que o governo tem como fornecer crédito ao mercado interno caso as fontes externas sequem.

"Temos reservas fiscal e monetária muito maiores do que tínhamos (na crise de 2008), então, um ataque cambial não vai haver aqui", disse Mantega a jornalistas após participar de reunião de coordenação com presidente Dilma Rousseff. "Já temos alguns instrumentos para controlar o câmbio se houver algun exagero...nós vamos atuar nos derivativos com mais força, como já estamos começando a atuar."

"Se faltar crédito para o comércio internacional, nós vamos usar as reservas (internacionais). Se faltar crédito no mercado interno, nós temos os bancos privados e públicos", disse, acrescentando que se os Estados Unidos decidirem fazer outro programa de "quatitative easing", seria ruim para o Brasil.

O ministro reconheceu que o Brasil não está imune à crise internacional e que haverá consequências, mas salientou que o país está melhor preparado.

" O Brasil está preparado, mas não está imune... E aí nós temos de estar prontos para reagir e não deixar que a economia brasileira seja afetada", afirmou o ministro.

Força-Tarefa
Mantega disse ainda que os mercados perderam a confiança na recuperação na economia mundial e que há avaliações de que ela poderia até mesmo caminhar para uma recessão. O ministro criticou ainda os líderes europeus pela demora na resolução de seus problemas fiscais internos.

Segundo o ministro, apesar do rebaixamento do rating dos Estados Unidos pela Standard & Poor's, de "AAA" para "AA+" na sexta-feira, os mercados continuam fugindo para a segurança financeira, o que explica a forte queda da bolsa brasileira nesta tarde . Ou seja, para os títulos públicos norte-americanos, conhecidos como Treasuries.

Fonte: Reuters
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