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Lanterna Verde estréia no Brasil

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por Thandara Yung

Com um mês de atraso em relação aos EUA, Lanterna Verde estreia no Brasil neste fim de semana, e traz consigo a explicação por ter sido um fracasso de bilheteria em sua terra natal – o filme custou US$ 200 milhões e arrecadou apenas US$89 milhões. A fórmula baseada em efeitos especiais grandiosos não deu muito certo e o filme pode ser considerado o pior de super-herói lançado este ano.

Nesta produção, Hal Jordan (Ryan Reynolds) é um arrogante piloto de caça que não sabe o que é responsabilidades. Enquanto ele curte a vida na Terra, a entidade maligna Paralax ataca o universo, se alimentando de medo.

Fiasco de bilheteria nos EUA, Lanterna tentar tirar o prejuízo no Brasil
A tropa dos Lanternas Verdes – guardiões que usam um anel de energia para criar qualquer coisa que imaginam – se une para vencê-la. Jordan é o primeiro humano escolhido para carregar o poder do anel – que se fortalece pela vontade e enfraquece com o medo – e precisa aprender a superar seus temores para se tornar um verdadeiro membro da tropa e um herói de verdade.

Lanterna Verde não tem foco. O longa não decide se é comédia romântica, filme de super herói ou de invasão alienígena. Ao contrário, oscila entre os três gêneros. A confusão é tanta que o clímax do filme é o beijo final entre mocinho e mocinha, e não o desfecho do vilão que tentou destruir o planeta.

O roteiro não ajuda nem na identificação do público com o personagem. Fragmentos rápidos e superficiais da vida do protagonista impedem qualquer vínculo afetivo com Hal, que é apresentado como um homem infantil e impulsivo. Nem mesmo os momentos românticos se salvam, e o relacionamento amoroso entre Hal e Carol é frio e sem química.


Semelhança com personagem dos quadrinhos é a "parte boa" do filme
Mas nem tudo se perde com Lanterna Verde. Apesar da história fraca, a semelhança estética do filme com o universo dos quadrinhos e seus personagens não poderia ser mais fiel. A caracterização da horda de 3600 alienígenas guardiões que compõe a tropa é impecável.

O mesmo acontece com o personagem Sinestro (Mark Strong), que sob os efeitos de maquiagem se transformou numa cópia exata dos traços impressos do ilustrador brasileiro Ivan Reis, responsável há anos pelos quadrinhos. As cenas das viagens espaciais são, a propósito, a única justificativa para pagar pelo ingresso mais caro em 3D.

Ator acostumado às comédias românticas, Ryan Reynolds era uma das maiores incógnitas de Lanterna Verde, mas empresta sua melhor cara de deboche ao personagem e não deixa a desejar. O mesmo não acontece com Blake Lively, no papel de Carol Ferris, que nem no papel de piloto de caça consegue fugir do estigma de donzela indefesa.

O antagonista Hector Hammond (Peter Sarsgaard), após infectado pelos poderes de Paralax se entrega febrilmente à sua nova anomalia, e tinha tudo para se destacar com sua vilania – como é de praxe nos filmes da DC Comics – mas acaba se tornando um dos grandes desperdícios do filme. Mal aproveitado, o personagem se limita apenas a se vingar do pai que constantemente o rejeitava e a tentar conquistar a mulher amada.

No fim, já nos créditos, uma cena apresenta uma possível salvação para a franquia. Um importante personagem dos quadrinhos é mostrado como o próximo vilão, e a batalha entre Lanternas Verdes e Lanternas Amarelas fica mais perto de ser travada nas telonas.



Fontes: Cerrado Mix e Youtube
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