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por Lucas Hadade Mais de 180 caminhões tanque ainda estão parados hoje de manhã, esperando para serem abastecidos no estacionamento do pool de combustíveis do Itaqui, em São Luís-MA
Os caminhoneiros que estavam no local, ontem, afirmaram que distribuidoras como Petrobras, Total, SP, Sat e Granel não têm oferta suficiente de combustíveis, para a demanda por derivados de petróleo do estado.
Uma fonte que pediu para não se identificar informou que as distribuidoras não está tendo problemas de abastecimento e que a fila de caminhões que aguardam para reabastecerem é algo corriqueiro mas assegurou que o problema com falta de produto é algo que afeta todas as distribuidoras que atuam na capital.
No final da tarde de ontem, quando a equipe de reportagem de O Imparcial chegou ao pool de combustíveis, pelos menos mais 10 caminhões tanque chegaram para tentar carregar com derivados de petróleo engrossando a fila.
Alguns profissionais que estão parados há mais de um dia esperando o carregamento de gasolina e diesel para transportar para estados como Tocantins e Piauí e cidades do interior do Maranhão como Zé Doca e Riachão.
Um desses exemplos é o do caminhoneiro Leonizar Lima de 45 anos e que está esperando desde as 10 da manhã, para transportar o combustível para Riachão, no interior do estado e que veio para carregar pela distribuidora SP, mas por falta do combustível, pediram ao caminhoneiro que fizesse o abastecimento pelo Petrobras.
"Carrego pela SP, mas me mandaram pra distribuidora BR e na chegada lá, também não tinha combustível. Me pediram para retornar meia-noite, mas eu não acredito que eu vá conseguir abastecer lá, esse horário, até porque todo mundo vai pra lá, pra Petrobras, a meia-noite e eu não acho que vá ter combustível pra todo mundo.", declarou Leonizar Lima.
Infraesturura
Já Adão Roberto Galvão, de 45 anos, caminhoneiro do Tocantins fez elogios a estrutura que os abriga, mas não poupa a falta de estrutura e logística das distribuidoras, principalmente a Petrobras, afirmando que navios e trens têm prioridade.
"Aqui é um lugar seguro para ficar, há segurança, você dorme sem preocupações. Sobre as distribuidoras, normalmente quem atrasa mais é a BR. Esta companhia está sucateada e sem renovação, eu pelo menos nunca fui a BR e consegui abastecer no mesmo dia. Falta estrutura, eles preferem investir mais em propaganda que em estrutura e na contratação de novos profissionais ou na renovação dos que estão lá, que já são antigos. Outro problema é que as distribuidoras dão preferência aos trens e navios.", desabafou o caminhoneiro Adão Roberto Galvão.
O caminhoneiro de Tocantins, está aguardando desde as 20h de quinta-feira e prevê sua saída para as 8 horas da manhã de hoje rumo ao Tocantins. Ele pretende carregar seu veiculo as três da manhã, descansar e então sair.
"Vim pela SP, descarreguei e vou aguardar o carregamento pela BR. Espero carregar as três da manhã e sair por volta de 8 ou 9 horas, se tudo der certo."
Porém, ao que parece, o que está acontecendo é um descompasso entre a programação dos navios e demanda regional. Ontem, segundo dados da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP) haviam dois navios atracados e desembarcando 112 mil toneladas de derivados de petróleo. E ainda há outro aguardando, fundeado na baia de São Marcos para descarregar mais 35 mil toneladas de petróleo.
Até o dia 10, estão previstas as chegadas de outras 7 embarcações, que deverão deixar 167 mil toneladas de derivados de petróleo para abastecer a demanda que vai do Pará a Pernambuco.
Além disso, este ano, cerca de 111,3 mil toneladas de óleo combustível já foram desembarcados no terminal de petróleo - píer 106 - do porto do Itaqui. O volume é considero recorde e responde por mais de 88% da pauta de importação do estado.
Fonte: O Imparcial Online
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