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Esquema da governadora Roseana está esgotado

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O Xá Reza Pahlevi foi soberano absoluto até fevereiro de 1979, seu estilo
assemelha-se ao clã Sarney e todos os déspotas que impõe modelos sociais
Frederico Luiz

A crise do Maranhão com a precarização da saúde, educação e distribuição de renda, a despeito do crescimento econômico e social do País, produz uma novidade na eleição estadual deste ano. Aliás, duas novidades.

A primeira, é o elevado grau de consenso na sociedade local. A esmagadora maioria da população almeja mudança. Ou seja, em vez de um plebiscito sobre a manutenção do esquema da governadora Roseana Sarney no poder e os que se opõe ao clã Sarney e consorciados, teremos um referendo da mudança, liderado pelo Partido do Maranhão e seu principal personagem, o pré-candidato ao governo, Flávio Dino.

A segunda novidade, é a opção do líder da transição em usar da moderação para efetivar as mudanças pretendidas. Em vez de um aiatolá nos moldes de Ruhollah Khomeini que derrotou a monarquia no Xá Reza Pahlevi no Irã, teremos um governante nos moldes do que significou a ascensão de Nelson Mandela na África do Sul.

Em ambos os casos, tanto no Irã quanto na África do Sul, havia elevado grau de consenso na sociedade para as mudanças. Porém, optaram por caminhos opostos. O primeiro seguiu para a radicalização dos conflitos, o segundo buscou e conseguiu a paz social.

Por isso mesmo, a adesão do PSDB e do PPS ao projeto do Partido do Maranhão é mais do que uma conta eleitoral. Ao lado da filiação do deputado estadual Raimundo Cutrim ao PCdoB, no ano passado, significam uma proposta de pacto para a erradicação do analfabetismo, saúde de qualidade ao maranhense, retorno do sossego público e melhoria de sobremaneira da renda da nossa gente.
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